A vida ensina a escrever e a cada dia cresce o meu amor pelas palavras! Ditas ao fugaz olhar, eternizam-se pela escrita; registram o amor, as paixões e os medos que caminham nas terras do coração; tornam públicos os pensamentos, os sentimentos e as emoções. É um privilégio trazer para o concreto o que habita as entranhas da alma, retratar a felicidade e a tristeza que assombram a vontade humana.
Palavras cultivadas pelo tempo, retidas e contadas, por exemplo, pelo amor divino que cabe em um livro – a Bíblia. Palavras que retém memórias, que unem um indivíduo a outro sem serem ditas, que não se contentam em ficar ao abandono ou ao findar das consciências. Neste final de ano, regado pelos desejos de renovações em si mesmos e de partilhas entre amigos, o pensar coletivo se volta à intenção de expressar a prosperidade e sua imagem imediata - a riqueza material. Porém, há outras vestimentas que representam a prosperidade como: ser próspero; alcançar plenitude em um ou vários aspectos que traga bem-estar ao indivíduo. Há quem possui riqueza material, é saudável fisicamente, porém é infeliz! Por quê? Falta-lhe sentido no viver? Como encontrar este caminho? “Jesus, voltando-se e vendo que o seguiam, disse-lhes: que buscais?” (Bíblia 2008, João 1, 38).
Para se encontrar prosperidade, em meio a tantas sugestões elaboradas pelo senso comum e/ou conhecimento científico, cita-se, inicialmente, “conhecer a si mesmo” (Sócrates - 469-399 a.C) para identificar a causa da carência mediante a razão, o pensamento crítico e a resistência aos instintos. Outras em destaque são: 1ª- desejar e persistir no querer uma mudança, pela aquisição de novos hábitos, mediante pensamentos criativos para adaptação a novas demandas e ações; 2ª- perdoar-se pela aceitação das próprias imperfeições; e 3ª- doar-se e agradecer.
Pensamentos e comportamentos são decorrentes de processos mentais, gerados no cérebro, pela percepção de estímulos físicos e/ou substâncias químicas - conhecer o cérebro é compreender o que nos torna humanos, segundo Antônio Damásio (2010). Diante de estímulos internos ou externos ao corpo humano, há liberação ou não de neurotransmissores que disparam emoções e, consequentemente, sentimentos que podem interferir no autocontrole das tomadas de decisões e dos relacionamentos sociais ao gerarem bem ou mal-estar. Deepak Chopra (2010) escreveu que a descoberta das moléculas mensageiras demonstrou que o cérebro traduz cada emoção em um equivalente químico que, ao circular pela corrente sanguínea, transmite a infelicidade ou felicidade ao coração, fígado, intestino e rins.
Quanto ao registro do perdão, da doação e do agradecimento, pode ser encontrado no relacionamento entre Mateus e Simão Pedro, que encontraram o bem-estar ao se perdoarem, pelo aprendizado da causa das ofensas mútuas (Bíblia 2008, Mateus 18, 21-22). Por último, àquele que busca ser próspero, inicie pelo conhecimento e prática dos ensinamentos lógicos contidos na Bíblia, deixe para o futuro a compreensão do reino divino! Pois, entre tantos filósofos, percebe-se uma Terra medida pelo antes e depois de Jesus.