Caminhei, online, por Paris (França), após quarenta dias em lockdown devido à segunda onda da Covid-19. Ruas com poucos caminhantes mascarados, aliadas ao frio invernal. Por trás de cada janela, vidas espreitam, lá fora, o passar do vírus cruel.
No Brasil, festeiros imprudentes marcam presenças em vários cantos, dominados pela ignorância ou pela necessidade de uso das máscaras de super-heróis. Deixam-se contaminar pela incredulidade no combate ao inimigo invisível, em prejuízo da luta por atitudes democráticas na gestão sanitária pela vida.
Vivemos o tempo de não ouvir o cantar da cigarra e, sim, apreciar o som da perda da carapaça infantil, do reconhecimento da impotência humana frente às intempéries da natureza. Autoconhecimento é a tônica deste momento! O que nos resta? Viver..., este é o bem valioso! Encorajar-se para adoção de medidas profiláticas, não importam as cores, se aqui verde e amarela ou lá, azul, branca e vermelha! Enfim, que impere o azul no infinito da vida para todos!
França querida de tempos idos, berço de grandes feitos para a humanidade. Aqui, pátria amada Brasil! Cenários políticos se emolduram por novos olhares em esperança. Que nossos votos possam não ter escolhidos “salvadores” e, sim, homens e mulheres empáticos que, humildemente, sintam a dor dos miseráveis e excluídos; cuidem das cidades para sejam verdes, limpas, saudáveis, com boa água e tenham a segurança da honestidade - luz que ilumina direitos, calçadas e corações.
No encontro com a maturidade, a fruta cai do pé e renova-se pela semente que traz consigo! Há sempre vida! Morte em vida, sim, para quem desiste de planejar, realizar seus projetos e esmorece ao apelo da angústia prematura. Ao final do túnel, a saída sempre indica vida, insights trazem clareza à consciência para ver os porões da alma e, consequentemente, “mente sã, corpo são”.
Hoje, o sonho da ventura de percorrer Champs Elyseé (Paris) perde o colorido, diante da profusão de luz e bem-estar, ao desfrutar os ares de nossa Uberaba/MG e o aconchego de familiares e amigos – cerejeiras raras em “Águas Cristalinas”!
Profa. Dra. Vania Fonseca
Bióloga e Pedagoga