Quem está sempre de olho na internet já deve ter se deparado com uma das versões do texto que transcrevo a seguir, de autor desconhecid
“Quando um rapaz disse ao filósofo Sócrates que precisava lhe contar algo sobre alguém, Sócrates perguntou:
– O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?
– Três peneiras? – quis saber o rapaz.
– Sim. A primeira peneira é a verdade. O que você quer me contar é um fato? Se ouviu falar, mas não tem certeza da veracidade do assunto, a coisa deve morrer aqui.
E Sócrates continuou:
– Se for verdade, deve, então, passar pela segunda peneira: a bondade. O que você vai contar é algo bom? Ajuda a construir a fama do próximo?
E explicou a respeito da última peneira:
– E se for verdade e coisa boa, o assunto deve passar ainda pela terceira peneira: a necessidade. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade?
Arremata Sócrates:
– Se o assunto passou pelas três peneiras, você o pode contar para mim. Nós dois seremos beneficiados com isso. Caso contrário, esqueça!”
Assim como Sócrates se norteava pelas três peneiras, os integrantes do Rotary Internacional pautam a vida pela Prova Quádrupla: 1) É a verdade? 2) É justo para todos os interessados? 3) Criará boa vontade e melhores amizades? 4) Será benéfico para todos os interessados?
Essa Prova Quádrupla foi criada por Herbert J. Taylor, em 1932, com o objetivo de orientar seus passos na tentativa de evitar a falência e o consequente fechamento de uma empresa do ramo de alumínio.
Taylor e sua equipe não só tiveram sucesso na empreitada, como descobriram que, se essa prova orientar todos os contatos pessoais – incluindo os profissionais –, a sociedade terá pais melhores, amigos melhores, cidadãos melhores...
As três peneiras e a Prova Quádrupla são antídotos para liquidar a falta de diplomacia e a fofoca. Mexericos destroem pessoas, relacionamentos, empregos, instituições... Nem tudo o que se sabe sobre alguém deve ser comentado. O fofoqueiro revela mais sobre si mesmo do que sobre aquele que é o assunto da fofoca. Pois o ouvinte entende que a fofoca pode ser verdade ou não. E a certeza que fica é a de que quem comenta maldosamente sobre a vida de alguém é fofoqueiro. E se fala dos outros, um dia falará também daquele que agora é o ouvinte. Então não sejamos nós quem espalha nem quem ouve boatos. É melhor ter atitudes dignas.