ARTICULISTAS

Assassinos noturnos

Ano-novo; governo e problemas nem tanto

Gilberto Caixeta
gilcaixeta@terra.com.br
Publicado em 08/01/2013 às 19:29Atualizado em 19/12/2022 às 15:25
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Ano-novo; governo e problemas nem tanto. 2013 poderia ser o ano do refinamento urbano, com novas práticas sociais voltadas à saúde mental. Para tanto, é preciso que o poder público, de forma corajosa, faça a sua parte em prol do objetivo proposto pelo articulista. Sendo exequível e saudável a nossa proposta, que ela seja, então, amparada socialmente em sua execução. Arvoro-me, portanto, propor aos gestores o combate implacável aos que comprometem a saúde mental dos uberabenses. Proponho o combate à criminalidade noturna. A morte é simples de madrugada; até morrer. Morre-se de várias maneiras, e ela será apurada. A única que não se apura é aquela provocada pelos assassinos noturnos, que se deslocam com as suas motos ou carros de som como se estivessem em covil familiar. Quando o motoqueiro se desloca na madrugada pelas ruas e avenidas de uma cidade, cravado em sua solidão pelo desejo assassino, ele abre o escapamento de sua moto, como uma cúmplice em sua garupa, acelera e estala o escapamento. Ele faz porque tem o desejo de assassinar quem dorme. Faz dolosamente, mas fica impune. O poder público não toma qualquer providência para puni-lo ou coibir a sua prática. É crime acolhido pelas autoridades. As vítimas desses motoqueiros ficam sonâmbulas. Reviram-se nas camas, perambulam pelos cômodos das casas, enquanto seu algoz se desloca pelas ruas sem que ninguém o impeça de cometer outro crime. Eles matam vários durante a madrugada e voltam para o silêncio de seus covis e dormem impunemente. Há aqueles que trabalham e levam a pecha assassina dos que vivem a noite agonizando a vida alheia. São viciados em morte porque são caveiras de si. É preciso que o poder público, prestador de serviços, tome uma atitude coibindo o alastramento desse delito. Que esses maltrapilhos do refino social sejam repaginados e reintegrados ao convívio social, a partir da prestação de serviço social, porque assim eles poderão saber o que é viver em sociedade. Esses assassinos têm os seus comparsas; os carros bombados. São carros que se deslocam pelas ruas na madrugada, com aquela música própria deles, de seu perfil e tendência. São assassinos também. Assassinam aqueles que estão em seu silêncio noturno ou pessoal. Esses motoqueiros e esses motoristas praticam o avesso do bem-estar social. Não respeitam a individualidade. Desconhecem o que venham a ser o silêncio, o repouso e a saúde mental. Eles são o que não deveriam ser e devem ser combatidos em seus ninhos. As oficinas que mexem em escapamentos e as lojas que instalarem sons dessa natureza devem ser penalizadas; multados, seguidos de perda do alvará de funcionamento. Há estabelecimentos comerciais dessa natureza que funcionam à noite, agravando o problema com a conivência das instituições públicas. São os vândalos sociais instalados formalmente. Patrulha do Silêncio não fala com a Polícia e a Prefeitura desconhece. E nós ficamos reféns, embora paguemos a conta. 

(*) Professor

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