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Best-seller mundial refere-se aos Espíritos

Refiro-me ao livro de Carl Gustav Jung (1875-1961), que contém as Memórias, Sonhos, Reflexões, reunidas e editadas por Aniela Jaffé, traduzido por Dora Pereira da Silva e

Elias Barbosa
eliasbarbosa34@terra.com.br
Publicado em 17/01/2010 às 14:47Atualizado em 16/12/2022 às 07:18
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Refiro-me ao livro de Carl Gustav Jung (1875-1961), que contém as Memórias, Sonhos, Reflexões, reunidas e editadas por Aniela Jaffé, traduzido por Dora Pereira da Silva e lançado pela Editora Nova Fronteira, [1976], contendo algo importante, aparentemente simples, à p. 96:

“No fim do segundo semestre fiz uma descoberta: encontrei na biblioteca do pai de um companheiro de estudos, um historiador da arte, um livrinho dos anos 70 sobre a aparição de espíritos. Tratava-se de um relato a respeito dos primórdios do espiritismo, escrito por um teólogo. Minhas dúvidas iniciais dissiparam-se rapidamente: sem dúvida tratava-se, em princípio, de histórias semelhantes àquelas que desde a minha primeira infância ouvira no campo. O material era indubitavelmente autêntico. Mas a pergunta decisiva sobre a realidade física que essas histórias implicavam não era respondida com clareza. De qualquer modo, constatei que,  evidentemente, em todas as épocas nos mais diversos lugares da terra as mesmas histórias eram contadas. Qual a razão disso? A eventualidade de que isso pudesse repousar em pressuposições religiosas idênticas devia ser afastada. Tratava-se então de algo relacionado com o comportamento objetivo da alma humana. Entretanto, nada se podia compreender sobre o problema essencial da natureza objetiva da alma, além do que diziam os filósofos [com exceção, naturalmente, de Allan Kardec].

“Por mais estranhas e suspeitas que parecessem as observações dos espíritas, nem por isso deixavam de constituir os primeiros relatos sobre os fenômenos psíquicos objetivos. Nomes tais como os de Zoellner e de Crookes me impressionaram e li praticamente todos os livros sobre o espiritismo dessa época. Comentei o assunto com meus colegas, e com grande espanto constatei que reagiam não acreditando, por brincadeira, ou então, por uma recusa ansiosa diante de tais fenômenos. Eu me espantava com a segurança de suas afirmações sobre a impossibilidade dos fantasmas, das mesas giratórias e com a certeza que tinham de que tudo isso era um embuste. Admirava-me também com a atitude de recusa que denunciava os de caráter mais medroso.”

Nos próximos artigos, não somente concluirei este corajoso depoimento de Jung, analisando outras páginas da tão famosa obra, Memories, Dreams, Reflections, como também partirei para outras passagens, as quais deixam claro o quanto o ilustre autor admirava os fenômenos e fatos espíritas.

(*) clínico geral e psiquiatra

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