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Carnaval dengoso

Sei que alguém vai pensar que eu estou implicando muito com o nosso atual mandato prefeitural. Nada disto...

João Gilberto Rodrigues da Cunha
Publicado em 13/02/2013 às 08:39Atualizado em 19/12/2022 às 14:42
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Sei que alguém vai pensar que eu estou implicando muito com o nosso atual mandato prefeitural. Nada disto, companheiro. Eu sei muito bem o que são dias de iniciação em qualquer poder. Conto simples e pior: quando fui eleito presidente da ABCZ, decidi – com apoio da diretoria – introduzir mudanças no que se chamava a feira dos mascates – porque lá ficavam animais a longo prazo... e curto pagamento, canos algumas vezes. Parte da turma mascate virou o arreio pra barriga, queixa na imprensa, trombone no parque... e até um enterro do presidente, passando o grupo em frente à sede da casa. Um deles (escondo o nome, o Jamilinho sabia) veio me perguntar o que achava daquela procissão de enterro. Eu, com simplicidade, disse que ia fracassar, a começar pelo meu caixão que era muito pequeno para o meu tamanho. Não deu outra – tudo mudou, foi se reformando, e depois os novos e indispensáveis pavilhões para gado de elite e exposição. Agora, meu leitor, pra que esta lereia (nome próprio conhecido na venda do Patrimônio Rio do Peixe). Já explico fácil. O nosso novo e jovem prefeito, um Piau amigo de todos, está iniciando sua administração. Apenas, pelo que vejo e sinto, Piau parece que não esperava sua vitoria. Ganhou, ficou sozinho correndo no seu estádio Maracanã. Deu no que dá sempre: o círculo dos amigos e companheiros, todos Piau desde pequenininho, cada um chorando seu prêmio, emprego e teta pra mamar. Até aí tudo é normal, afinal Uberaba é também Brasil. O que acontece de ruim é que o bom moço está afogado nos pedidos e mudanças... e o governo necessário não se estabelece. A velha amizade não impede o alerta: Piau, cuidado com seu time de pura e abstrata amizade pedinte. Ou toma a redia e arrume a casa, ou vai passar o tempo sofrendo até virar lambari e ser engolido pelos bagres. Precisa exemplar? É simples, Deus mandou por e-mail expresso. Assim como foi com Anderson, estamos com uma epidemia de dengue, impossível tapar com a peneira. Aqui no hospital a presença de pinguços e briguentos sempre liderou o Pronto-Socorro. Agora, se quiser verificar, o samba de sucesso é a dengue. Não vá na onda do “só dois morreram”, piada mórbida. E os que sofreram e sofrem febres, dores, angústias, perda de trabalho... Cadê o combate ao mosquito, prefeito? Já faz muitos dias que está perdendo a guerra, merecendo o título que em cima gastei.

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