Homem é homem. Não importa sua cor, se é baixo ou alto; gordo ou magro, se é católico, evangélico, budista ou espírita. Homem é ser humano...
Homem é homem. Não importa sua cor, se é baixo ou alto; gordo ou magro, se é católico, evangélico, budista ou espírita. Homem é ser humano, mesmo que não goste de futebol e prefira assistir novelas. Homem, mesmo que seja homossexual, é homem. Estou dizendo tudo isso porque tive a infelicidade de ler uma matéria sobre a entrevista concedida pelo treinador do Goiás, Hélio dos Anjos. Aliás, a equipe goiana realiza belíssima campanha no Brasileirão deste ano. Questionado se a chegada do atacante Fernandão teria causado ciúmes e atrapalhado o rendimento do grupo, que caiu da 3ª para a 5ª posição nas últimas rodadas, ele afirmou que homem com ciúme é v... (isso mesmo!). O treinador afirmou que não trabalha com homossexuais – apenas com homens! A questão é grave, caros amigos. Não só pelo fato de ele ser contra o homossexualismo. Declarações como a do “Anjo” são muito mais abrangentes do que se possa imaginar. Quando uma figura pública faz esse tipo de coisa, leva a comunidade – a parte ignorante dela – a fazer o mesmo. Exemplos, “ops!”, maus exemplos como estes devem ser condenados e não imitados. A homofobia pra mim é crime. Vários jogadores brasileiros e estrangeiros já sofreram com isso. Richarlyson, volante do São Paulo, atual tricampeão brasileiro e com a ajuda fundamental dele, é um dos casos mais recentes e famosos. Ora, homossexual ou não, ele é bom de bola e é isso que importa no futebol. O tal do racismo destrói toda a magia e alegria do esporte. Atletas negros sofrem muito com isso. O camaronês Eto’o, jogador da Inter de Milão, já foi vítima de insultos vindos das arquibancadas espanholas, quando jogava no Barcelona, e se retirou do gramado, alegando que não jogaria tendo que ouvir as pessoas chamá-lo de macaco. Concordo com a atitude dele. Um certo argentino, do qual eu não me lembro o nome agora, também já protagonizou uma cena ridícula e deprimente, quando ofendeu o ex-são-paulino Grafitte pelo fato de ele ser negro. Nós brasileiros, herdeiros do melhor futebol do mundo, devemos estar atentos a isso. O que deve ser valorizado é o que o jogador é dentro de campo. Respeito a todas as suas crenças, opções de vida, sejam no campo sexual ou qualquer outro, não devem entrar em campo. É hora de fazermos como alguns zagueirões pernas-de-pau, e sair dando “chutões” para escanteio nestas bolas murchas racistas e preconceituosas do esporte, e que de preferência, elas sejam atiradas para fora dos estádios para nunca mais voltarem. É isso! Bom final de semana a todos, especialmente aos torcedores dos finalistas e semifinalistas do Amadorão, e também aos do Colorado, que disputa as quartas-de-final do Brasileirão, Série D. Boa sorte e bons jogos!