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Chegou a Folia de Reis!

Caso real de muitos anos atrás, na fazenda Rio do Peixe

João Gilberto Rodrigues da Cunha
Publicado em 18/07/2012 às 20:39Atualizado em 19/12/2022 às 18:29
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Caso real de muitos anos atrás, na fazenda Rio do Peixe. Como era costume, uma vez por ano havia a festa de Reis, com a sua procissão roceira, moda e canto dos violeiros, as virgens enfeitadas em roupa branca e flores nos cabelos – as orações de praxe, de noite moda de viola para dança. O Orides tinha um monte de filhas moças, desfilando felizes como figuras importantes da festa: o cortejo das virgens. Tinha uma filha menor, a garota não tinha idade para o cortejo, ficou soluçante de vontade e não aguentou: quando passava a procissão ela gemeu fundo e soltou bem alt ah, mãe, eu queria tanto ser virgem! Bem, mais uma vez vocês vão pensar que este João está variando da ideia – pra que esta história? Calma, meus amigos, eu não escrevo sem motivo ou intenção. Vocês vão pensand que história é essa de procissão com virgens lá na roça do Rio do Peixe? Bem, roda a roleta do tempo, a roça do Brasil está preparando as novas eleições. Acho bacana a nossa demonstração democrática, acho salutar a mudança dos poderes e lideranças. Apenas, e de passagem, fico assustado com o súbito e enorme interesse dos nossos líderes da política. Distraidamente lembro minha infância, um tempo em que cargos políticos não pagavam salários, apenas honra e trabalho. Hoje a coisa é diferente, vejo e leio que o exercício da política e seus cargos é um dos melhores empregos que um indivíduo pode ter. Pra não mexer em caixa de marimbondo, cito apenas o senador Tiririca, que deixa de ser palhaço porque achou emprego melhor. Existem muitos em igual intenção, vejo que aqui em Uberaba temos sete candidatos a prefeito, e nem sei quantos candidatos a vereador. Coloco todos lá no começo da crônica, estão entendendo agora? Ah, meus amigos, pensand eu queria tanto ser prefeito... ou vereador... Muitos são iguais à caçula de Orides, zero de chance, mil de ambição. Será que vamos ter algum Tiririca? Penso que não, mas sei que existe gente sem outra credencial que não seja a ambição – aquele time lá do Cachoeira. Enquanto isto, considero um caso como o meu amigo Paulo Mesquita, vice-prefeito, culto, preparado, honesto, experimentado, independente... enfim, tem todas as qualidades para não ser ou servir como candidato, é claro... Vai daí que a bandeira passa, a turma cantand sinhore dono da casa, a folia tá chegando, abre a porta e beija a bandeira, que nois viemo de pouso!

(*) Médico e pecuarista

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