O problema surge em meio à expectativa pela segunda etapa do programa de recapeamento asfáltico em Uberaba. (Foto/Divulgação)
O asfalto próximo ao entroncamento das avenidas Santos Dumont e Leopoldino de Oliveira tem desafiado a paciência do motorista de Uberaba. Ouvinte da Rádio JM acionou a reportagem indignada com o afundamento do asfalto em alguns trechos. Além de questionar a qualidade do produto aplicado no programa de recapeamento asfáltico, uma vez que problema semelhante é identificado em outros pontos da cidade, a ouvinte ainda pondera que a situação coloca em risco quem trafega pelo local, sobretudo veículos grandes, que balançam muito, e também os de duas rodas, que podem facilmente se desequilibrar e ir ao solo.
"Os veículos passam ali e balançam tanto, está afundando mais e mais", lamenta ela, que trafega pelo local com frequência.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Uberaba, por meio de nota, informou que uma equipe técnica será enviada ao local para realizar um estudo detalhado. O objetivo é identificar as causas do problema antes de definir a solução mais adequada. Segundo a Secretaria de Serviços Urbanos e Obras (Sesurb), o afundamento pode ter sido provocado por fatores como o tipo de solo, presença de redes subterrâneas, tráfego intenso ou até variações climáticas.
O problema surge em meio à expectativa pela segunda etapa do programa de recapeamento asfáltico em Uberaba. Durante entrevista à Rádio JM em janeiro deste ano, o secretário Pedro Arduini afirmou que a nova fase pretende revitalizar mais 300 quilômetros de ruas e avenidas, assim como ocorreu no primeiro mandato da prefeita Elisa Araújo (PSD). No entanto, ele destacou que as obras ainda não têm previsão para começar, pois dependem da captação de novos recursos.
Na primeira etapa do programa Asfalto Novo, finalizada em outubro do ano passado, foram executados 304 quilômetros de recapeamento, com financiamento de R$ 67 milhões obtido junto à Caixa Econômica Federal. A prioridade, na época, foi atender bairros da periferia antes de avançar para as regiões centrais. Agora, segundo Arduini, a proposta é concluir trechos que ficaram de fora e contemplar avenidas principais.
Além disso, a Sesurb também trabalha na elaboração de um plano de manutenção da pavimentação urbana. A intenção, segundo o secretário, é registrar as vias já revitalizadas e planejar futuras intervenções. “O asfalto dura entre 10 e 15 anos. Precisamos evitar que a cidade volte a ter ruas com pavimentação de mais de 30 anos, o que compromete a conservação”, pontuou Arduini.