Alta de atendimentos não pressiona leitos pediátricos em Uberaba, diz secretária

O aumento expressivo no número de notificações e atendimentos infantis por síndrome respiratória ainda não pressiona a ocupação de leitos pediátricos em Uberaba. A informação é da secretária municipal de Saúde, Valdilene Rocha, em entrevista à Rádio JM. Segundo ela, o município dispõe de 37 leitos para crianças e jovens, e o tempo de permanência apresenta maior rotatividade, principalmente devido ao perfil imunológico infantil. 

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Apesar do crescimento no número de atendimentos por síndromes respiratórias em unidades como a UPA Infantil e o Hospital de Clínicas da UFTM, Valdilene explica que a rede pública de saúde dispõe de leitos clínicos e de UTIs suficientes para a pediatria, mantendo a situação controlada para esse público. “A maior dificuldade hoje está nos leitos de UTI para adultos. Na pediatria, não estamos enfrentando o mesmo problema; o número de notificações e atendimentos no pronto-socorro aumentou bastante, porém temos leitos clínicos e de UTI disponíveis para a pediatria”, afirma a secretária. 

A titular da pasta reforça que a rapidez na recuperação das crianças é um fator decisivo para a maior rotatividade dos leitos pediátricos. “No caso da criança, o leito geralmente gira mais rápido, pois a imunidade e a idade contribuem para uma recuperação mais ágil, permitindo que elas tenham alta mais cedo”, explica. 

Valdilene destaca ainda que, apesar da pressão causada pelas síndromes gripais e respiratórias, que resultou na publicação de decreto de emergência no município, Uberaba não registra casos de óbitos por falta de leitos pediátricos. “Como monitoramos a dengue, essa curva de internações começou a cair. Consequentemente, estamos transformando os leitos de dengue em leitos para atendimento de síndrome respiratória, o que tem possibilitado o custeio desses leitos no Hospital Regional para o tratamento da doença”, ressalta.