Alta pressão do esgoto “estourando” muro e lixo espalhado: a situação do Uberaba 1

Entre lixo por toda parte e tremores que abalam muros, moradores do Uberaba 1 tentam resolver problemas para viver com tranquilidade. Ao Jornal da Manhã, eles pedem socorro após uma obra que teria instabilizado muros na vizinhança, além do problema com descartes irregulares, que poluem o ambiente e atraem animais peçonhentos.  

De acordo com leitora do JM, a Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas (Codau) teria mudado sua rede de esgoto para o quintal das casas da rua Professor Otaviano Esselim. Para isso, teria sido necessário a abertura de um novo buraco no local.  

“Como sai lá a pressão da rede de esgoto, as nossas casas tremem. Todo mundo está tendo que fazer muro e não está dando conta. Sem contar a sujeira”, afirma. Nas imagens compartilhadas pela denunciante, é possível ver que restos de roupa, tampinhas, papelão, lixo e até móveis estão abandonados na rua.

O Jornal da Manhã entrou em contato com a Codau sobre o caso. Segundo a autarquia, a obra realizada no bairro se trata de rede de recalque que atende a Estação Elevatória de Esgoto, localizada ao lado do anel viário paralelo à LMG-798, fora do perímetro urbano do conjunto Uberaba I.

“A tubulação anteriormente estava localizada na Av. Reinaldo Boareto e foi relocada, há 6 anos, para a Rua Odélio Fernandes seguindo, após a Av. União, pela marginal do anel viário, em paralelo à LMG-798. Pouco tempo após a implantação houve a reclamação sobre o suposto barulho que a rede provocava na vizinhança. Engenheiro responsável pela obra foi até a casa do reclamante e o levou até o ponto onde foi instalada uma das válvulas de retenção, demonstrando que apenas ocorre barulho de nível baixo, quase imperceptível, quando da operação das válvulas na rede de recalque. Situação permanece inalterada desde então”, relata a Codau. 

  Ainda de acordo com a autarquia, a trepidação relatada pela denunciante, que abala o muro das casas, pode ter outra origem, como o movimento de caminhões na rodovia que margeia a rua Professor Otaviano Esselim. 

Referente à sujeira, a companhia informa que é uma região recorrente de descarte irregular de lixo e que o local que de responsabilidade da Codau será incluído na programação das equipes da próxima semana. 

Ainda, referente a limpeza no perímetro rodoviário, de responsabilidade da concessionárias, a EPR Triângulo afirma em nota que atua nos trabalhos iniciais nas rodovias concedidas e em 2023 serão realizados os trabalhos iniciais de correções e manutenção nos pavimentos e drenagem da via, revitalização da sinalização, além da ampliação da segurança viária em toda extensão da malha concedida.

"A Concessionária ainda não iniciou a Operação das rodovias concedidas, prevista em contrato para o 9º mês após a data de eficácia da Concessão, que ocorreu em 24 de fevereiro de 2023. Assim que a Operação tiver início, as equipes da Concessionária estarão inspecionando o trecho diuturnamente e, quando se depararem com uma situação de descarte de resíduos em local inapropriado, orientarão e notificarão o responsável para que recolha o material e dê destinação correta. Além disso, para evitar este tipo de problema, a Concessionária manterá uma estratégia de comunicação com foco na conscientização sobre o tema", finaliza a nota.