Ampliação no Maria Modesto pode começar em dezembro
Na próxima semana, o projeto de ampliação do Instituto Maria Modesto deve avançar mais um passo em direção ao início das obras. Após um ano de análise pelos órgãos competentes, a gerência da instituição deverá se reunir para definir as próximas etapas do programa. Dependendo dessa reunião, o canteiro de obras deverá ser montado em dezembro.
Segundo o gerente do IMM, Sérgio Marçal, o projeto arquitetônico permaneceu por mais de um ano sob análise da Vigilância Sanitária Estadual em Belo Horizonte. “Como é uma obra do SUS e atende mais de um município, esse projeto foi analisado por lá. Houve várias devoluções para esclarecimentos, pois houve dificuldade em entender que não se trata mais de um hospital psiquiátrico. São serviços separados, sem acesso físico entre si, com equipes independentes, cadastradas separadamente no SUS", explica Marçal.
Até o momento, está previsto que serão disponibilizados leitos gerais de psiquiatria, cuidados prolongados, urgência e emergência em saúde, pronto-socorro 24h, além de atendimento para crianças e adolescentes. “Nós teremos uma reunião na próxima semana, com o reitor, para finalizar a definição desses serviços, que já foram discutidos previamente. Essas definições ajudarão a dimensionar os serviços dentro da nova estrutura arquitetônica. Após essa reunião, divulgaremos o cronograma de obras. A previsão é que o canteiro de obras seja montado em dezembro e as reformas comecem em janeiro. Se não houver alterações, a cada seis meses será inaugurado um módulo", relata Marçal.
O gerente do Instituto informa que, após a análise, foram feitas pequenas alterações no projeto, como o isolamento de comunicação entre ambientes. “Vamos adaptar as estruturas internas. A entrada pela rua José Clemente Pereira ficará destinada exclusivamente ao ambulatório, e a entrada principal será pela avenida Osvaldo Cruz. Será uma recepção com guarita e catracas, semelhante ao modelo do [hospital] Mário Palmério", revela.
Atualmente, o Instituto Maria Modesto atende 84 cidades. As pactuações dos novos serviços serão realizadas conforme as necessidades epidemiológicas da região. “É certo que os Cuidados Prolongados serão destinados, ao menos inicialmente, à microrregião. Já o atendimento à infância e adolescência, inicialmente, será municipal, mas há demanda tanto na microrregião quanto na macrorregião. Não existe um serviço semelhante no estado, e essa é uma carência da política de saúde pública, que ainda não evoluiu para oferecer serviços 24 horas voltados à infância”, finaliza.