Análise técnica aponta que asfalto descartado de forma irregular não é de obra da Prefeitura
Laudo de análise técnica aponta que massa asfáltica descartada de forma irregular próxima ao Córrego dos Carneiros não é proveniente de obra da Prefeitura de Uberaba. A informação já havia sido adiantada pelo secretário de Serviços Urbanos e Obras, Antônio de Sousa Filho, ao JM News 1, da Rádio JM.
A análise técnica foi realizada pela empresa Via Work sobre o material descartado na rua Aluísio Prata, em área próxima ao Córrego dos Carneiros. O fato foi denunciado pelos vereadores Wander Araújo e Marcos Jammal no dia 30 de novembro.
"Não há qualquer correlação desse material com o utilizado no recapeamento de vias pelas duas empresas contratadas pela Prefeitura de Uberaba", declara o secretário Coronel Antônio.
A investigação do crime ambiental continua. Ainda de acordo com informações repassadas pela Prefeitura de Uberaba, os resultados serão encaminhados às autoridades competentes. "Nós temos outras informações e caminhos que indicam prováveis autores dessa infração de agressão ao meio ambiente", alerta Antônio de Souza Filho.
"Vamos fazer um arrazoado de todos os elementos e encaminhar para o Ministério Público e Polícia Militar do Meio Ambiente para que adotem as providências cabíveis. Do mesmo modo, as Secretarias de Meio Ambiente e Defesa Social vão aumentar as rondas para descobrir os responsáveis", completou.
Vale lembrar que todo o material descartado irregularmente nas proximidades do Córrego dos Carneiros foi retirado ainda na semana passada e destinado, devidamente, pela Soma Ambiental, contratada pela Prefeitura, ao aterro sanitário.
EXPLICAÇÃO TÉCNICA
Antônio de Souza Filho explica que o relatório apresenta dados e gráficos comparando as características de cada componente das massas. Existem vários aspectos técnicos dessas amostras analisadas pelo laboratório que garantem que o material não é compatível com CBUQ utilizado no recapeamento asfáltico de responsabilidade da Prefeitura. Entre eles, o Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP) para o recape tem a formulação 50-70 e, o encontrado no material descartado é 30-45. Trata-se de um elemento ligante e cada formulação utiliza um tipo diferente.
O secretário explicou que essa análise granulométrica permite averiguar o tamanho das partículas em um determinado solo. A granulometria demonstra que em ambos os casos são de faixa C, porém na obra da Prefeitura o tipo de material é de Ramo Fino, enquanto o descartado é de Ramo Grosso. "Então a alegação de que o material teria sido descartado por empresa que presta serviço para a Prefeitura é absolutamente infundada", destacou.