Após 71 dias, Codau encerra aplicação do Plano de Contingenciamento da Seca

Com início da estação chuvosa, a Codau encerrou nesta quarta-feira (30) a aplicação do Plano de Contingenciamento da Seca. Em nota, a autarquia informou que os reservatórios estão abertos há 10 dias e o rio Uberaba já está abastecendo a cidade sem o apoio do sistema de transposição do rio Claro.

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O plano de contingenciamento foi adotado desde o dia 21 de agosto para fazer frente e mitigar impactos da escassez hídrica, causados pela estiagem prolongada no município. “Tivemos, ao todo, 71 dias do plano em vigor, sendo 14 dias com os reservatórios fechados por sete horas e meia. Outros 33 dias com todos fechados por 12 horas e, por fim, mantivemos todos abertos por 24 dias, alternadamente. O plano deu respostas com eficiência para a cidade”, informou o presidente da Codau, Rui Ramos.

A recuperação de vazão do rio Uberaba proporcionada pelas chuvas já ultrapassa os 5 mil litros/segundo, dando a segurança necessária para o sistema de abastecimento de água. O acumulado de chuvas do mês de outubro foi de 250,20mm (Inmet) e propiciou o atual restabelecimento do manancial.  Já a vazão média do rio Uberaba foi de 1,2 mil litros/segundo no mês de outubro. Ainda assim, por enquanto, os motores do rio Claro não serão desmontados. 

O plano está desmobilizado, mas a Codau ressaltou que dois fatores devem ser observados para que a vazão do rio Uberaba se estabilize em escala segura e satisfatória para garantir o abastecimento público sem intercorrências: a recarga dos lençóis freáticos do rio Uberaba e afluentes, assim como um período chuvoso longo.

Segundo a professora de Hidrologia e Climatologia da UFTM, Patrícia Diniz, há um perfil de chuva que beneficia a recarga dos aquíferos de agora em diante. “A partir do segundo ou terceiro mês de chuvas significativas, algo acima de 70mm mensais, sendo bem distribuídas e leves durante todo o período, teremos a recarga ideal do lençol freático do rio Uberaba. Se forem chuvas fortes e concentradas, vai acontecer como no passado, não haverá mudança significativa nas águas subterrâneas e, consequentemente, na vazão do rio Uberaba”, finalizou.