Atendimentos psicológicos continuam sendo os mais procurados no Centro de Referência em Saúde da População (CRESP) LGBT+. Segundo a enfermeira Marilucia Pio, atualmente, há 12 pessoas na fila de espera para atendimento semanal. No entanto, nenhuma delas fica sem atendimento.
A enfermeira explica que o serviço conta hoje com três profissionais, sendo uma fixa e outra de hora extra. A terceira psicóloga é focada na área de educação e saúde. “Nós temos também um grupo quinzenal, uma roda de conversa, para entender como o serviço está sendo recebido, a demanda deles, o que eles querem falar. A gente sempre traz alguém para abordar o assunto que eles desejam. E o resultado tem sido muito positivo também”, afirma.
Mariluci ressalta que, apesar de aguardarem o antedimento semanal, os pacientes na fila de espera são acolhidos, mesmo que por meio de encaixes e que de 15 em 15 dias.
Pio analisa ainda que é de interesse da equipe contar com um psiquiatra. Contudo, a enfermeira revela que há dificuldade para encontrar especialistas na área, não só para o CRESP, mas também para outras unidades. “Psiquiatra parece ser uma questão geral. A prefeitura está sempre em busca, é um assunto recorrente nas reuniões semanais”, diz.
A enfermeira também explica que a unidade não efetivou a contratação de uma endocrinologista, mas sim de uma médica generalista que realiza as consultas para os interessados em iniciar o procedimento com hormônios. As consultas contam com o apoio de uma médica endocrinologista, que acompanha os casos e realiza as análises junto com a médica generalista. Esse modelo de atendimento é chamado de interconsulta.
“Qualquer dúvida ou questão, a médica geral faz uma consulta online com a endocrinologista para esclarecimentos. Ela passa os casos e os hormônios são prescritos conforme necessário. Ninguém ficou sem atendimento por causa disso”, finaliza Marilucia.