Barulho excessivo de obra impacta alunos autistas em escola de Uberaba

Obra de escoamento é alvo de denúncia por parte de servidores devido ao barulho e sujeira gerados. Ao Jornal da Manhã, a reclamante aponta que o desenvolvimento das aulas e dos alunos da Escola Municipal Santa Maria tem sido prejudicado devido à poluição sonora causada pelos aparelhos. 

Em anonimato, a servidora relatou ao JM que a reforma está em andamento há uma semana. No local, está sendo realizada uma obra para escoamento de água no pátio da escola, com o objetivo de evitar transtornos nos períodos chuvosos. “Quebrando piso, britadeiras ligadas com um barulho ensurdecedor. Insalubridade total. Alunos autistas estão tendo crises de pânico! Falta de empatia e respeito total com os professores, alunos e colaboradores”, relata. 

A denunciante aponta ainda que o pó que sobe das pedras é extremamente nocivo à saúde das crianças e dos demais. 

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Uberaba em busca de um posicionamento. Foi questionado quantas crianças estão matriculadas na unidade e qual a previsão de finalização. Também foi questionado se as crianças não podem ser transferidas para outra unidade enquanto a obra está em andamento e se todas as obras em unidades escolares são realizadas simultaneamente ao horário das aulas. 

Em nota, a Secretaria de Educação de Uberaba (Semed) posicionou que a unidade tem 1.097 alunos matriculados, atualmente. A intervenção já está em fase de finalização e deve ser concluída nas próximas semanas. “A Semed orientará a empresa a realizar o trabalho pesado, que causa mais barulho, durante os períodos sem aulas, para que não haja prejuízo aos alunos”, afirma. 

Ainda, a pasta afirma que não há previsão de transferência dos alunos matriculados para outra unidade. 

A Semed também esclarece que há, atualmente, 19 alunos com necessidades específicas de assistência estudantil somente no período vespertino da unidade, e reforça que não há relação comprovada entre o barulho e possíveis ações desses estudantes. Desta forma, não há como comprovar que qualquer episódio de crise esteja relacionado à obra em questão, uma vez que eles são acompanhados diariamente pela equipe escolar.