Organizada pela Forania Ressurreição, com apoio da Pastoral da Saúde e da Arquidiocese, a caminhada levou devotos ao Cemitério São João Batista, símbolo de luto e resiliência na cidade (Foto/François Ramos)
Além de homenagear as vítimas da pandemia, o ato reverenciou profissionais de saúde, chamados de "anjos de jaleco", e famílias que ainda enfrentam o vazio da perda (Foto/François Ramos)
Ao som do “Pai-Nosso”, encerrou-se o ato com um sentimento coletivo: mesmo na dor, Uberaba reencontra força na fé (Foto/François Ramos)
Na manhã desta Sexta-feira Santa (18), centenas de fiéis uniram-se em oração e memória durante a Caminhada da Esperança, evento que marcou os cinco anos das primeiras mortes por Covid-19 em Uberaba. Organizada pela Forania Ressurreição, com apoio da Pastoral da Saúde e da Arquidiocese, a caminhada levou devotos ao Cemitério São João Batista, símbolo de luto e resiliência na cidade.
As paróquias iniciaram as reuniões para os trajetos ainda de madrugada. Às 7h, grupos de Santa Maria, Mãe da Igreja; São Geraldo Majela e Santa Efigênia partiram em silêncio, que se transformou em cânticos e preces. Às 7h10, fiéis das comunidades Santo Antônio de Santana Galvão, São João Batista e Divino Espírito Santo saíram da matriz carregando velas e cruzes, enquanto as paróquias Ressurreição e São José seguiram direto ao cemitério.
Às 8h, a chegada coletiva ao local foi marcada por uma celebração emocionante. Além de homenagear as vítimas da pandemia, o ato reverenciou profissionais de saúde, chamados de "anjos de jaleco", e famílias que ainda enfrentam o vazio da perda. Padre Fabiano Roberto, destacado por seu trabalho de apoio a doentes, recebeu agradecimentos públicos. Nomes de religiosos falecidos pela Covid-19, como os padres Carlos Alexandre, Selmo Donizetti, Jaime Ribeiro e Alex dos Santos, foram lembrados com saudade e lágrimas.
“Esta caminhada não é sobre a morte, mas sobre a vida que a fé sustenta”, afirmou Monsenhor Valmir Aparecido Ribeiro, um dos líderes do evento. Junto a ele, Padre Gilberto Carlos de Araújo, Pe. Éderson Queiroz, Padre Wylian Whallison Gonçalves, Pe. José Alves Caetano, Pe. Fabiano Roberto, Padre Oitaé e Monsenhor Geraldo Magela de Faria, conduziram momentos de reflexão, reforçando a união da comunidade em orações e hinos de esperança.
Ao som do “Pai-Nosso”, encerrou-se o ato com um sentimento coletivo: mesmo na dor, Uberaba reencontra força na fé. Como ecoou nas palavras finais, a esperança, frágil como uma chama, mas inquebrantável como a rocha, provou que o amor persiste além da tragédia.