URS São Cristóvão, que funciona a unidade Cecovid (Foto/Jairo Chagas/Arquivo JM)
Com a diminuição nos casos da Covid-19 e aumento nos números de suspeita de dengue, o Centro de Referência a Covid-19 (Cecovid), no bairro São Cristóvão, deixará de existir, dando lugar ao centro de referência para tratamento de dengue. A informação foi confirmada pelo diretor de Vigilância Epidemiológica, Matheus Assumpção, à Rádio JM, nesta quinta-feira (9).
Segundo o diretor, esta é uma estratégia em parceria com o Departamento de Atenção à Saúde para estabelecer um local de referência no diagnóstico e tratamento da doença. Ainda conforme informações da Secretaria de Municipal de Saúde (SMS), o espaço está sendo estruturado, além da pasta estar organizando a equipe de trabalho para o atendimento à população.
Porém, a SMS reforça que as unidades de saúde continuarão prestando atendimento para pessoas com sintomas da doença. O chefe da Vigilância Epidemiológica ressalta que, assim que os sintomas semelhantes à dengue começarem, o paciente precisa procurar uma unidade de saúde, para poder ser conduzida a notificação. “A gente faz até esse apelo para a população: apresentou algum sintoma de dengue, procure a unidade de saúde para ter uma notificação, por esse dado ser muito importante para as zoonoses conseguir fazer o monitoramento semanal”, afirma.
Por meio do monitoramento semanal é possível trabalhar as formas de combate à doença nas regiões com maiores índices de caso. “A dengue é uma doença de notificação compulsória. O cidadão que sentir algum sintoma característico deve procurar um posto de saúde ou atendimento hospitalar. O estabelecimento é obrigado a notificar a vigilância epidemiológica deste caso e nós temos notificações por semana de casos de suspeita de dengue. A gente faz atuação naquele bairro onde está o número de notificações mais elevado”, explica Matheus.
Ainda segundo Matheus, o próximo Levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) deve ser realizado em abril. O último LIRAa foi o primeiro levantamento de 2023 e apontou 8,40% de incidência do mosquito em janeiro, resultado maior do que o resultado de 7,70% verificado no mesmo período de 2022. O número indica um possível surto de dengue na cidade.