ATENDIMENTO ESPECIALIZADO

Centro municipal acolhe cerca de 120 vítimas de violência doméstica por mês

No local são desenvolvidas atividades de cuidados pessoais e integração à rede de proteção às mulheres

Luiz Henrique Cruvinel
Publicado em 23/01/2023 às 15:32Atualizado em 23/01/2023 às 15:33
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Centro Integrado da Mulher (CIM) (Foto/Jairo Chagas/Arquivo JM)

O Centro Integrado da Mulher (CIM), em Uberaba, responsável por acolher, apoiar e integrar vítimas de violência doméstica na cidade, atende cerca de 120 mulheres por mês. O balanço foi revelado pela gerente da unidade, Juciara Moura Limírio, em resposta aos questionamentos do Jornal da Manhã, nesta segunda-feira (23).

Qualquer mulher que for vítima de abuso, verbal ou físico, pode procurar o CIM. Por lá, a vítima passa por um atendimento psicossocial, com uma psicóloga e uma assistente social, para acolher e entender o caso específico. A partir dessa análise preliminar, a mulher será destinada aos outros personagens da rede de proteção, seja o Centro de Atendimento Integral à Saúde da Mulher (Caism), delegacia de polícia ou até a Defensoria Pública, onde terá suporte jurídico.

“A mulher que precisa deste serviço não precisa de agendamento, é de portas abertas, de 8h às 18h, todos os dias da semana. Ela vai passar pelo atendimento psicossocial, que vai acolher, entender o que ela está passando, e de acordo com a demanda, ela será levada para outro serviço da rede. Muitas mulheres que chegam lá precisam passar pela delegacia, outras não, e respeitamos a livre escolha da mulher, exceto quando ela está com lesões. Há casos em que podemos encaminhar ou para o Caism, para cuidar da saúde, ou para a Defensoria Pública, ou para a casa de abrigo, onde ela pode ficar recolhida por um tempo quando corre risco, quando está sendo ameaçada. Desta forma, mantemos a rede bem atuante, completa”, garantiu a gerente do CIM.

Na visão de Juciara Moura, um ponto muito benéfico foi a liberação de vale-transporte gratuito para mulheres que foram vítimas de violência doméstica. A medida, adotada em agosto do ano passado, é fundamental para garantir o andamento das operações de cuidado às mulheres. “Hoje elas têm acesso aos passes para mobilidade urbana, porque muitas vezes deixavam de comparecer em um outro serviço para dar continuidade, como a Defensoria, por falta de condição financeira. Com esses passes concedidos, acabamos com esse problema”, pondera.

Ela ainda reforça a necessidade de dar voz aos casos e denunciar os casos de violência. Neste tom, vizinhos, familiares e amigos podem ser, algumas vezes, a única forma de acesso deste público com os serviços de acolhimento.

“Quanto aos números, têm dado uma média de 120 mulheres por mês, mas sabemos que, muitas vezes, pode ser maior. Porque tem muitas mulheres que não vão até o CIM, outras que apanham caladas. E dizemos que o silêncio atrapalha a gente a fazer qualquer coisa. Tanto vizinho, parente, a mulher em si, precisa denunciar. Vizinhos e parentes que souberem de um caso podem fazer a denúncia anônima, porque pode ajudar alguém que sofre calada”, finaliza Juciara.

O CIM funciona na rua Luiz Próspero, 242, no Parque das Américas. O telefone é (34) 3312-9161. Caso a mulher esteja em situação de vulnerabilidade e necessite de um atendimento de urgência, a Polícia Militar deve ser acionada pelo 180 ou 190.

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