O secretário explicou que toda retirada de até 30% da copa das árvores para modelagem, por exemplo, pode ser tratada sem necessidade de autorização da Prefeitura (Foto/Ilustrativa)
Cerca de 200 árvores já foram suprimidas em Uberaba este ano. A informação é do secretário de Meio Ambiente, Edno da Silveira, em entrevista ao Pingo do J, na Rádio JM, quando esclareceu que há uma medida compensatória em cada operação, o que evita o déficit de árvores na cidade.
O secretário explicou que toda retirada de até 30% da copa das árvores para modelagem, por exemplo, pode ser tratada sem necessidade de autorização da Prefeitura. No entanto, em casos de poda drástica, que afetem toda a copa ou na supressão completa da árvore, é imprescindível obter autorização. O solicitante faz o pedido e uma equipe de biólogos da Semam realiza vistorias criteriosas, incluindo em áreas públicas, praças e escolas, para verificar a necessidade.
"Somente realizamos a poda ou supressão quando é realmente necessário, seja devido a problemas mecânicos, riscos para a via pública, questões fitossanitárias, presença de doenças ou espécies invasoras", destacou Edno. Ele enfatizou que todas as ações são baseadas no Plano de Arborização de Uberaba.
O secretário também ressaltou a importância da compensação ambiental. Em casos de supressão, os responsáveis devem plantar novas árvores como compensação. Para espécies exóticas, a proporção é de 1 para 1, enquanto para mudas nativas, pode chegar a 5 para 1, dependendo da espécie protegida. A localização do plantio é onde foi feita a supressão. Em caso de impossibilidade, a localização é determinada pela Semam, garantindo que as árvores sejam reposicionadas de forma estratégica.
Questionado, Edno informou que foram suprimidas aproximadamente 200 árvores ao longo do ano, mas, para compensar, foram plantadas pelo menos outras 200 árvores. Ele enfatizou que a cidade não fica em déficit de árvores.
Também há exemplos em que a supressão não foi a única solução. Ele mencionou o caso na praça Frei Eugênio, onde problemas de iluminação pública foram resolvidos por uma poda estratégica e instalação de postes mais baixos, preservando as árvores.
"Ali era problema de iluminação pública. As lâmpadas estavam acima das copas. Houve a solicitação para supressão, mas achamos uma alternativa de poda e colocamos postes mais baixos. E ficou bacana, não compromete a árvore", contou.