EM OBSERVAÇÃO

Com apoio de voluntários, cão atropelado recebe atendimento e segue em tratamento em Uberaba

Dandara Aveiro
Publicado em 02/06/2025 às 08:45Atualizado em 02/06/2025 às 15:20
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A Superintendência de Bem-Estar Animal afirmou, por nota, que o atendimento só foi possível “após a liberação de uma vaga no sábado, quando outro animal recebeu alta” (Foto/Reprodução)

A Superintendência de Bem-Estar Animal afirmou, por nota, que o atendimento só foi possível “após a liberação de uma vaga no sábado, quando outro animal recebeu alta” (Foto/Reprodução)

Após dois dias sob cuidados do 8º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar de Uberaba, o cachorro atropelado na rua Iguatama, no bairro Abadia, recebeu atendimento no Hospital Veterinário da Uniube (HVU) no último sábado (31). Apesar da boa aparência física, os primeiros exames indicaram alterações, e o animal segue em observação, sob responsabilidade de protetoras voluntárias. 

Na noite de sexta-feira (31), o médico-veterinário Vitor de Paiva, sensibilizado com o caso após ser informado por uma amiga que viu a reportagem, foi até o local e prestou atendimento voluntário (Foto/Reprodução)

Na noite de sexta-feira (31), o médico-veterinário Vitor de Paiva, sensibilizado com o caso após ser informado por uma amiga que viu a reportagem, foi até o local e prestou atendimento voluntário (Foto/Reprodução)

O caso ganhou repercussão após denúncia feita ao Jornal da Manhã. O cão foi atropelado na manhã de quinta-feira (29) e levado ao HVU pelos bombeiros, mas teve o acolhimento negado pela Superintendência de Bem-Estar Animal, que alegou falta de vagas no convênio com o hospital. No entanto, a própria instituição de saúde confirmou ter condições de atendimento, ressaltando que a regulação dos leitos conveniados é feita pelo Município.  

Sem assistência oficial, o animal retornou à sede dos bombeiros, onde foi acolhido por voluntários. Na noite de sexta-feira (31), o médico-veterinário Vitor de Paiva, sensibilizado com o caso após ser informado por uma amiga que viu a reportagem, foi até o local e prestou atendimento voluntário. “Constatei que o cachorro só estava mancando por dor e ferimento. Fiz uma consulta completa, como se fosse particular mesmo. Foi preciso sedá-lo para suturar, mas, fora isso, os parâmetros clínicos estavam ótimos”, relatou. O cão é um macho, de porte médio, com idade estimada entre três e quatro anos.  

Ainda após a repercussão do caso, o vereador Tulio Micheli chegou a intermediar a adoção do animal, que não se concretizou porque o animal não teria se adaptado à convivência com cachorro idoso já presente na residência. Com isso, as protetoras Karina Vilas Boas e Elaine Aparecida Nascimento retomaram a guarda do animal. O animal foi, mais uma vez, levado ao HVU, mas desta vez o animal foi atendido, recebendo avaliação mais detalhada.  

“Fisicamente ele parece bem, mas os exames deram alterados. O hospital pediu que aguardássemos os resultados completos para sabermos o que ele realmente tem”, explicou Karina.  

O Hospital Veterinário confirmou o atendimento, informando que, como a triagem já demonstrava, o animal se encontrava bem, sem fraturas aparentes. Questionado sobre o estado de saúde do animal, após o atendimento, a instituição afirmou que “as alterações que constaram no exame são, principalmente, referentes às células de defesa e coagulação do animal. Por ser animal errante, isso pode ter influência nesses resultados. Elas foram repassadas para as protetoras para que ele retorne e o Hospital investigue as causas das alterações, que não são graves, mas precisam de exames complementares para um diagnóstico mais preciso”, pontuou. Após a consulta, o animal foi liberado. Os medicamentos necessários para o tratamento foram doados por uma empresa de Uberaba.   

Questionada novamente, a Superintendência de Bem-Estar Animal afirmou, por nota, que o atendimento só foi possível “após a liberação de uma vaga no sábado, quando outro animal recebeu alta”.  

Enquanto aguarda diagnóstico definitivo, o cão permanece sob observação. Caso as alterações indiquem doença de difícil manejo, há risco de transmissão para outros animais. As protetoras reforçam a importância da adoção responsável. “Se ele estiver com uma doença grave e a pessoa que o pegou não tiver condições de cuidar, ainda poderia contaminar o cachorro que já tinha na casa”, alertaram.  

Assim que tiver o quadro estabilizado, o animal será castrado, vacinado e disponibilizado para adoção.

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