Comerciantes com estabelecimentos na região da praça Jorge Frange se queixam da quantidade de andarilhos que ocupam o local durante o dia e à noite. Entre os reclamantes está a proprietária de uma loja, que não quis se identificar, pois afirma que já foi agredida por um andarilho. “A situação está muito crítica. Na porta do meu estabelecimento ficam muitos andarilhos dormindo. Já aconteceu de eu chegar à porta e encontrar uma mulher só de calcinha e sutiã, com um monte roupas jogadas perto. Quando eu tentei fazê-la sair, ela me agrediu com uma faca”, conta a comerciante.
A denunciante ainda diz que está difícil até mesmo de atravessar a praça e que a situação constrange os pedestres. “Não tem como eu atravessar para ir à padaria, eles ficam mexendo, pedindo dinheiro, eu tenho que dar a volta. Já roubaram hidrômetro, danificam as coisas, urinam e defecam na porta do meu estabelecimento. Alguns chegam a afirmar que a praça é deles por causa da estátua do andarilho São Bento.”
A diretora do Departamento de Programas Sociais da Secretaria de Desenvolvimento Social, Claudia Cristina da Silva, reconhece que a praça Jorge Frange é um ponto de concentração de andarilhos, assim como o Mercado Municipal, a praça da igreja Santa Rita e a praça Carlos Gomes. Ela explica que, nesses casos, a secretaria atua por meio da Ronda Social, que recolhe os que estão dispostos e os levam para albergues, onde podem passar a noite com direito a alimentação, banho e outros serviços. No entanto, muitos se recusam a ir porque são estimulados pelas esmolas que recebem, continuando pelas ruas.
A diretora esclarece que a Ronda Social não tem poder de polícia, por isso não pode obrigar os mendigos a nada. “Quando são casos que causam constrangimento à comunidade, seja em relação a violência, drogas ou atos libidinosos, a população pode acionar a Polícia Militar e a Guarda Municipal. Eles são parceiros e por várias vezes nós precisamos acioná-los.” O telefone da Ronda Social é: 9667-4451.