Na contramão, o número de vítimas de violência doméstica em Uberaba cresceu 6,44%, aponta levantamento da Secretaria de Estado de Segurança Pública
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) elaborou um estudo especial para avaliar, com foco, como está a segurança das mulheres em Minas Gerais. A pesquisa, realizada pelo Observatório de Segurança Pública com base nos anos fechados de 2022 e 2023, segrega as vítimas que são mulheres em todos os crimes violentos atualmente monitorados e divulgados mensalmente pela Sejusp.
De acordo com o estudo, considerando todo o pacote de crimes violentos, há uma redução de 14,7% no total de vítimas do sexo feminino em Minas Gerais no ano de 2023, comparado ao de 2022. Ou seja, foram 2.824 mulheres vítimas de crimes violentos a menos entre um ano e outro. O dado passou de 19.199 para 16.375.
Em Uberaba, a 5ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp) registrou, em 2022, 811 crimes violentos contra a mulher. Em 2023, foram 674, o que representou uma queda de 16,89%. Em relação aos feminicídios, oito foram registrados em 2022, contra seis no ano seguinte, havendo redução de 25%.
Em Minas Gerais, os crimes violêntos contra a mulher registrados pela polícia Militar apresentaram queda de 14,7% (Foto/Reprodução)
O ano de 2023 apresentou aumento de 6,44% no quantitativo de vítimas de violência doméstica em Uberaba no comparativo com o ano de 2022. Na 5ª Risp, foram registradas 7.014 vítimas de violência doméstica em 2022, ante 7.466 em 2023.
A Sejusp ressalta que em Minas Gerais, entre os 13 crimes classificados como violentos, estão, por exemplo, homicídio consumado e tentado, estupro consumado e tentado, roubo consumado e tentado, extorsão mediante sequestro, sequestro e cárcere privado, entre outros.
O roubo consumado, apesar de ser o crime que mais afetou as mineiras em 2023, com suas vítimas representando 59,7% do total entre os 13 crimes avaliados, também teve uma das maiores quedas em número de vítimas entre 2022 e 2023. Foram 23% menos mulheres roubadas no ano passado, na comparação com 2022 (12.721/9.787).
O estudo aponta ainda que as mineiras foram menos vítimas de crimes como homicídio tentado, sequestro e cárcere privado, estupro de vulnerável tentado, extorsão mediante sequestro, extorsão tentada e sequestro e cárcere privado, no último ano. E mais vítimas, no mesmo período, de crimes como extorsão, homicídio, estupro de vulnerável, entre outros.