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Cuidadores de unidades de acolhimento institucional de Uberaba participaram, nesta quarta-feira (23), de capacitação sobre direitos e cuidados com crianças e adolescentes sob medida protetiva. A palestra foi promovida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.
Participaram do encontro, no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), cuidadores de unidades de acolhimento administradas pelo Município e por organizações da sociedade civil. Quatro novos cuidadores, empossados no último concurso da Prefeitura de Uberaba, reforçarão as equipes das unidades municipais nos próximos dias.
O secretário de Desenvolvimento Social de Uberaba, Ernani Neri, e a coordenadora regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Criança e do Adolescente, Fernanda Fiorati, deram as boas-vindas aos participantes. “É um momento para aprender, compartilhar conhecimentos e superar alguns vícios relacionados ao trabalho. Que seja uma tarde produtiva e proveitosa”, ressaltou a promotora.
“Agradecemos ao Ministério Público por abrir esse espaço, pois nosso objetivo é o mesmo: garantir os direitos das nossas crianças e adolescentes, cada um dentro de suas atribuições”, acrescentou o secretário.
Com foco na melhoria das práticas diárias, a capacitação foi conduzida pelo chefe do Departamento de Proteção Social Especial da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Leonardo dos Santos, e pela psicóloga e referência técnica do Departamento, Patrícia Costa.
Eles abordaram o papel do cuidador na escuta qualificada e no registro fiel dos relatos, com respeito ao sigilo das informações. Também ressaltaram a importância da atuação desses profissionais na intermediação com a rede de proteção. Destacaram, ainda, a valorização das diferenças e o respeito à identidade como fundamentos do cuidado a crianças e adolescentes afastados da família de origem por violação de direito.
“São os cuidadores que mantêm contato direto com as crianças e adolescentes no dia a dia. Nesse convívio, criam-se vínculos que fazem toda a diferença no processo de acolhimento institucional. O olhar atento e o trabalho cuidadoso dessa equipe são essenciais para assegurar a proteção e a garantia dos direitos dos acolhidos”, destacou Santos.
No encontro, os cuidadores aprenderam as diferenças entre medidas protetivas - voltadas a crianças e adolescentes em situação de violação de direitos - e medidas socioeducativas, destinadas a adolescentes autores de atos infracionais.
Ao final, por meio de dinâmica em grupo, os palestrantes reforçaram a necessidade de uma atuação integrada da rede de proteção, composta por atores da assistência social, educação, saúde, Judiciário, Ministério Público, segurança pública, família e sociedade civil.