Dados do Cadastro Geral do Ministério do Trabalho, apontam que em novembro de 2010 houve saldo negativo de 5.089 empregos
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, apontam que em novembro de 2010 houve saldo negativo de 5.089 empregos com relação ao mesmo intervalo do ano anterior. Para a presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados e Acessórios de Uberaba, Alexandra Pereira Maciel, os impactos da esfera no município não surpreenderam a categoria. De acordo com Alexandra, sempre no final de ano, há um aumento de postos de trabalho, seguido por queda na oferta de empregos, por conta de encomendas geradas na temporada. Mas, na sequência, o setor apresentou inclinação na produção, cumprindo um ciclo de atendimento ao comércio.
A calçadista explicou que o segmento ainda não teve melhora nem deslanchou aceleração como previsto, haja vista que o crescimento das vendas no comércio refletiu mais para bens duráveis do que para bens de consumo rápido. “Estamos com o pé no freio. Na segunda-feira, 17, acontecerá em São Paulo a Couro Modas, evento que marca o principio de ano, dando um norte para sentirmos os negócios do primeiro semestre com a coleção outono/inverno”, observou.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), a maior inquietação é motivada por calçados desmontados, relacionados a insumos, como solado e cabedal, cuja comercialização internacional geralmente é adotada para fugir da legislação vigente, que nesses casos não incide sobre os produtos.
Alexandra ainda reforçou que, dessa forma, o Brasil tem importado mercadorias da China, que paga apenas o imposto sobre exportação. Para a presidente, apesar de Minas Gerais estar entre os dez estados brasileiros que têm atividade industrial calçadista no país, os mineiros não estão sofrendo com o desemprego, como São Paulo e Rio Grande Sul.