Regulamentação do depósito de entulho deverá mexer no bolso dos que costumam alugar caçambas para este fim. O projeto que deverá regulamentar despejo de resíduos
Regulamentação do depósito de entulho deverá mexer no bolso dos que costumam alugar caçambas para este fim. O projeto que deverá regulamentar despejo de resíduos na Pedreira de Lea prevê um acréscimo no valor desta prestação de serviço, segundo o presidente do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon), Nagib Facuri.
Reunião para definir a questão foi realizada ontem à noite na sede do sindicato e contou com a presença do promotor do Meio Ambiente, Carlos Valera, representantes das cooperativas de reciclagem de lixo, empresas locadoras de caçambas, do Sinduscon, Associação Comercial, Industrial e de Serviços (Aciu) e Instituto de Engenharia.
Nagib Facuri adiantou que a partir do momento em que o projeto entrar em execução, ao contratar o serviço de caçamba, o cliente terá de contratar também o depósito de entulho, bem como a triagem deste material. Esta triagem será executada pelas duas cooperativas hoje instaladas em Uberaba, que serão parceiras do projeto. Para garantir a separação do material depositado na área de transbordo, como é conhecido o local, os catadores serão contratados pelas cooperativas e receberão um salário mínimo por mês.
Dentro da proposta apresentada pelo projeto, inicialmente deverão ser reciclados 25% do lixo, mas no decorrer do tempo este percentual deve aumentar. “Este é o desenho inicial do projeto. O que a gente quer é tornar público que o proprietário, construtor ou engenheiro terão que recolher um valor para que este serviço funcione adequadamente”, salientou Nagib.
O projeto deverá entrar em funcionamento em um prazo de 60 dias e, apesar de ainda não estarem definidos valores e outros detalhes da proposta, o presidente do Sinduscon garante que haverá controle da entrada de caçambas no local, que deverá funcionar como um aterro. “O que não for da construção civil não será destinado ao local”, afirmou.
As questões relacionadas ao meio ambiente também deverão ser resolvidas com a regulamentação. “Se as pessoas insistirem em colocar material que não é destinado, vai se entender com a Promotoria e Polícia Ambiental”, alertou Nagib. Para realizar o trabalho de separação do material reciclável, deverão ser contratados pelo menos 20 catadores.
Quanto ao que já foi depositado no local durante este período, ainda não está definido. Facuri garantiu apenas que o depositado a partir da execução do projeto ficará em local diferenciado. “Estamos fazendo uma transição do que não tinha fiscalização e nem lugar para jogar. Só vamos mexer no que já foi depositado no local depois que começarmos a fiscalização”, concluiu.