Lideranças do Sind-UTE cobram do governo o envio à Assembleia de projeto que reajusta o piso da categoria conforme os cálculos do Ministério da Educação (Foto/Divulgação)
Após mais uma paralisação por conta da Campanha Salarial Educacional 2024, realizada na quinta-feira (11), o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) aponta que cresceu a diferença entre o valor pago aos professores e o valor do Piso Nacional do Magistério, que é de R$4.580,57.
Em Uberaba, conforme a coordenadora regional do Sind-UTE, Maria Aparecida Oliveira, 32 das 40 escolas da rede estadual de ensino participaram do movimento organizado pelo sindicato. Apenas oito mantiveram as suas atividades letivas normais.
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Conforme o Sind-UTE, em Minas Gerais, em 2019, quando o piso estava em R$2.557,74, a categoria recebia R$575 a menos que o previsto. Em 2020, a diferença era de R$903,70; em 2021, R$750,60; em 2022, R$1.495,14; em 2023, R$1.768,07, e agora, em 2024, a diferença é de R$1.928,28.
Segundo Maria Aparecida Oliveira, o governador Romeu Zema insiste em não enviar para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (Alemg) o projeto de reajuste salarial de 3,62%, que foi estipulado pelo Ministério da Educação (MEC) desde janeiro. “Há 5 anos esse governo atua na desvalorização dos salários dos servidores públicos de Minas Gerais”, disse.
Recentemente, o líder do governo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado João Magalhães (MDB), informou o compromisso do Executivo estadual com o reajuste. Contudo, a subsecretária de Gestão de Pessoas da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Kênnya Kreppel, confirmou que Minas seguirá com a proporcionalidade e não soube precisar quando será encaminhado para o Parlamento mineiro projeto de lei com a recomposição do piso.
Só quando tiver garantia de fluxo de caixa para arcar com o pagamento é que o governo irá enviar o projeto, explicou a subsecretária, segundo a agência de notícias da ALMG.
Em 2024, o MEC definiu o seu reajuste em 3,62%, retroativo a janeiro, chegando ao valor de R$4.580,57 para uma jornada de até 40 horas semanais. Em Minas, a Lei 21.710, de 2015, definiu a carga horária de 24 horas semanais como referência no Estado.