Situações drásticas, como na rua 7 de Setembro, poderiam ser solucionadas com maior empenho das instituições de ensino, diz Rodrigo Carmelito
A rua Sete de Setembro é uma das mais afetadas em horários de pico das escolas (Foto/Google Maps)
O trânsito intenso nas horas de pico é um desafio enfrentado por muitas cidades, e Uberaba não é exceção. No período de saída e entrada de alunos nas escolas, o problema é totalmente drástico, e prejudica o tráfego harmônico nas ruas da cidade.
Neste sentido, o superintendente de Trânsito, Rodrigo Rosa Carmelito, em entrevista ao Pingo do J, da Rádio JM, ponderou sobre a importância de as escolas colaborarem com o governo municipal na fiscalização de situações que atrapalham o fluxo de veículos, especialmente nas proximidades das instituições. Ou seja, há a necessidade de as escolas assumirem uma responsabilidade ativa na gestão do trânsito.
"As escolas que possuem estruturas como áreas de 'drive-thru', como é o caso do Colégio Nossa Senhora das Dores, já têm um colaborador, um disciplinador. Esperamos que as outras escolas sigam esse exemplo, designando alguém para auxiliar na coordenação do trânsito", destacou o superintendente.
Ele argumenta que, embora muitos motoristas tenham conhecimento das regras de trânsito, a presença de orientadores nas imediações das escolas pode fazer uma diferença significativa na fluidez do tráfego. Carmelito também menciona que escolas de grande porte precisam contribuir mais nesse aspecto. Em vez de dependerem exclusivamente do município, as instituições deveriam assumir parte da responsabilidade.
Um ponto-chave levantado por Carmelito é a concessão de alvarás para empreendimentos localizados em ruas estreitas. Ele acredita que o Município deve rever esse processo, e ser mais rígido, destacando que muitas vezes a Superintendência de Planejamento Urbano (Seplan) é pega de surpresa, uma vez que os empreendimentos são criados antes que os pedidos de autorização sejam protocolados. Essa situação, segundo ele, contribui para o congestionamento nas áreas escolares.
"Não podemos conceder alvará para empreendimentos em ruas estreitas sem considerar o impacto no trânsito. Isso deve ser revisto para melhorar a mobilidade em nossa cidade", afirma.