INÉDITO

Estudo da UFTM aponta bairros mais quentes de Uberaba e propõe novo modelo de urbanização

Joanna Prata
Publicado em 25/05/2025 às 16:33Atualizado em 25/05/2025 às 18:28
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Estudo inédito realizado pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) (Foto/Reprodução)

Estudo inédito realizado pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) (Foto/Reprodução)

Um estudo inédito realizado pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) revelou dados preocupantes sobre as ilhas de calor urbano em Uberaba. Coordenada pelo climatologista e professor Leandro de Godoy, a pesquisa identificou que bairros como Parque das Américas, Centro e Abadia concentram as temperaturas mais elevadas da cidade.  

Essas regiões seguem um padrão comum em centros urbanos: alta densidade de construções, poucas áreas verdes e solo pouco permeável. “O Parque das Américas, em especial, foi o bairro que registrou os picos mais intensos de calor urbano”, explicou Godoy. Sensores foram instalados estrategicamente para medir a temperatura sem a interferência de áreas verdes, como a Mata do Carrinho, o que permitiu uma leitura mais precisa do calor gerado exclusivamente pelas construções.  

Segundo o pesquisador, o excesso de pavimentação e a ausência de árvores contribuem diretamente para esse efeito, que se agrava no período noturno, principalmente entre 21h e 22h.  

Na contramão, o bairro Cyrella Landscape se destacou como uma “ilha de frescor”. Com grande presença de áreas verdes planejadas, a região registrou temperaturas mais amenas, chegando a ficar mais fria do que zonas rurais próximas. “Isso mostra como o bom uso do solo e o investimento em arborização influenciam diretamente na qualidade térmica do ambiente urbano”, afirmou.  

Para o climatologista, a ampliação de áreas verdes é a solução mais eficaz para reduzir o impacto das ilhas de calor, especialmente em bairros com construções muito próximas. “O outro ponto que levantamos é o planejamento. Uberaba ainda está em expansão, há áreas sendo abertas para loteamento. Por que não pensar nessas regiões com antecedência, incluindo arborização desde o início?”, questiona.  

O estudo foi financiado pelo Ministério Público de Minas Gerais e apresentado às secretarias municipais de Meio Ambiente e de Planejamento. Segundo Godoy, o diálogo com o poder público já começou, especialmente em torno do plano de arborização.  

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