Mercado de trabalho de Uberaba procura por garçons, pedreiros, serventes e funileiros. A informação é do diretor de Trabalho, Emprego e Renda da Secretaria Municipal e Desenvolvimento Econômico e Turismo e gerente do Sistema Nacional de Emprego na cidade, Luís Fernando Alves. Segundo ele, no fim de 2009 e início deste ano, uma grande crise atingiu o mercado uberabense, ocasionado pelo excesso de oferta e carência de mão-de-obra. “Foi realmente um boom. A construção de empreendimentos como o Mart Minas, a Ouro Fino, e a ampliação da Fosfertil fizeram com que sobrassem muitas vagas para pedreiros e serventes, tanto que tivemos dificuldades de suprir”, relata Luís Fernando, ressaltando que, ainda hoje, embora em escala menor, a oferta de vagas para essas duas profissões segue maior que a procura. “Além do crescimento do setor da construção civil, a falta de especialização é um dos grandes empecilhos”, completa. De acordo com ele, esse problema, no entanto, deve ser amenizado graças a uma determinação do Ministério do Trabalho, segundo a qual o Sine deve oferecer, até o início de 2011, cursos de especialização para trabalhadores de todas as categorias. Para tal, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico já deu abertura ao processo licitatório para a contratação da instituição de pesquisa que fará o mapeamento do mercado de trabalho de Uberaba. “Até o fim do semestre, deveremos ter um resultado”, conta o diretor. Até lá, a situação observada no Sine deve repetir-se também nas agências de emprego da cidade. “No caso dos garçons, temos uma dificuldade muito grande, mesmo sendo Uberaba uma cidade de muitos bares e restaurantes”, diz. Segundo Luís Fernando, a maior dificuldade para empregabilidade nessa categoria são os horários estendidos de expediente, que quase sempre incluem sábados, domingos e turno da noite. Na agência de empregos de Alessandro Pinto Garcia, empresas que oferecem salários de até R$ 930 podem ficar muitos meses sem ter as vagas preenchidas. “E por conta de não haver demanda, esses valores podem até subir ao longo do processo”, explica Alessandro, destacando que, no fim do ano passado, mais de dois meses foram necessários para o preenchimento de 15 vagas de pedreiro. “Sempre há mais oferta do que gente disposta”, afirma.