Atual boom da construção civil em Uberaba foi comprovado pelos dados do Cadastro Geral de Empregados
Atual boom da construção civil em Uberaba foi comprovado pelos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de agosto, divulgado na quarta-feira (16). O setor apresentou grande crescimento no total de admissões, se comparado com o mesmo mês de 2008. Em relação a julho de 2009, o desempenho do segmento no último mês também foi melhor.
Para Altamir de Araújo Rôso Filho, vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Uberaba (Sinduscon), esse aumento é reflexo da necessidade de mão-de-obra para as obras de empreendimentos habitacionais, industriais, atacadistas e até entretenimento. “Temos vários condomínios fechados e alguns prédios sendo construídos. Vem aí também o projeto Minha Casa, Minha Vida. E já os trabalhos para a ampliação da Fosfertil e construção de unidades da Ouro Fino. São grandes canteiros de obras e exigem contratações”, explica. “Além disso, temos a chegada do Mart Minas e Makro, além da ampliação do Shopping Uberaba. Tudo isso resulta neste crescimento da geração de empregos no setor. É um momento diferenciado que a cidade vive, com diversos segmentos aquecidos e quem ganha com isso é o trabalhador”, completa.
Segundo os dados do Caged, em agosto deste ano, a construção civil admitiu 760 empregados, enquanto em agosto do ano passado foram 467, ou seja, quase 300 postos de trabalho a menos. Se comparado julho de 2009 com agosto do mesmo ano, a diferença é bem menor, mas ainda mostra crescimento do setor. Em julho foram 727 admissões. Portanto, em agosto, foram 33 novos empregados com carteira assinada a mais que no mês anterior.
Mas, Altamir faz um alerta. “O bom momento vivido pelo segmento é o lado positivo, mas tem o negativo, que tem nos preocupado bastante. Com todo aquecimento, não temos mão-de-obra suficiente para atender à demanda. Todos os profissionais da área já estão empregados nas obras existentes na cidade hoje. Porém, ainda falta gente para ocupar novos postos de trabalho e essa situação é perigosa, pois pode gerar atrasos na entrega das obras”, conclui.