CIDADE

Famílias ocupam área pertencente ao Asilo Santo Antônio

Invasão de terras particulares por várias famílias no bairro Gameleiras I chamou atenção de autoridades públicas na manhã de ontem

Publicado em 13/01/2011 às 23:10Atualizado em 20/12/2022 às 02:10
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Invasão de terras particulares no bairro Gameleiras I chamou atenção de autoridades públicas na manhã de ontem. Instalados em área próxima à rua Antônio Delalíbera, no local onde máquinas da prefeitura atuam na abertura da rua Hipólito Rodrigues da Cunha, 62 famílias do Movimento Sem Teto montaram acampamento reivindicando posse da área.

Uma das líderes do grupo, Juliana Aparecida Paiva, contou que a decisão de tomar  a localidade foi motivada por se tratar de um espaço grande e sem produtividade, que segundo a manifestante, abrigará diversas famílias.

Conforme ponderou Juliana, o trecho está esquecido há 26 anos e oferecia riscos à comunidade. A líder contou que no lote, uma piscina e uma cisterna desativadas se transformaram em criadouro para o mosquito da dengue, e que o matagal servia para abrigar a marginalidade.  O grupo que chegou ao local na tarde desta segunda-feira (10), nunca ocupou outra área do município, e garantiu que as barracas irão permanecer montadas nos limites até a manifestação do proprietário e da prefeitura municipal. “Nós queremos a legalização da posse, vamos construir casas e transformar o local em um bairro, para que essas famílias que não têm condições de pagar um aluguel possam morar dignamente”, pontuou Juliana.

As primeiras informações confirmadas dão conta de que a porção de terreno pertence ao Asilo Santo Antônio, que emprestou parte dos domínios para a Toca de Assis, uma casa religiosa não-filantrópica, que recolhe pessoas em situação de risco e vulnerabilidade social. O vereador Marcelo Machado Borges, o Borjão (PMDB), que integra a diretoria do Asilo, assim que ficou sabendo do episódio compareceu ao acampamento acompanhado da presidente do Asilo Santo Antônio, Edna Idaló. Borjão ressaltou que foi bem recebido pelos ocupantes, mas não aceitou o motivo apresentado para a ocupação.

O vereador ouviu das lideranças do Movimento Sem Teto que os impostos da propriedade estariam atrasados. “Todos os impostos estão quitados, não podemos permitir invasão da terra que é particular, mas o município tem de dar sustentação a essas pessoas, e nós já fizemos um boletim de ocorrência e agora a Justiça decidirá”, finalizou o vereador, sinalizando que o caso irá mesmo desaguar no Judiciário.

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