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Famílias que invadiram área particular permanecem no local

Movimento Sem Teto continua acampado em área particular, pertencente ao Asilo Santo Antônio, na rua Antônio Delalíbera, no Gameleiras 1. As 62 famílias montaram barracas no local

Publicado em 15/01/2011 às 00:10Atualizado em 20/12/2022 às 02:08
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Movimento Sem Teto continua acampado em área particular, pertencente ao Asilo Santo Antônio, na rua Antônio Delalíbera, no bairro Gameleiras 1. As 62 famílias montaram barracas no local e nem mesmo a chuva espantou os manifestantes, que há cinco dias se mantêm instalados no local.

Juliana Aparecida Paiva, uma das líderes do movimento, disse que o grupo vai permanecer na área até que a Justiça determine o contrário. Segundo ela, o objetivo é a ressocialização das famílias, que há mais de 3 anos fizeram inscrição no programa Minha Casa, Minha Vida, mas ainda não foram atendidas. “Vamos continuar até o último momento. Queremos fazer acordo com a direção do Asilo e a Prefeitura, não queremos nada de graça. Queremos pagar o que temos condições”, ressaltou a representante do grupo, que alimenta a esperança de que o terreno será concedido aos invasores.

A área tomada pelos manifestantes é locada pela Toca de Assis há 9 anos e a instituição filantrópica e sem fins lucrativos atende pessoas em situação de risco social. Conforme explicou a direção da casa religiosa, a presidente do Asilo, Edna Idaló, foi procurada no mês de maio de 2010 pela administração da Toca de Assis, sendo alertada para o problema da insegurança e dos constantes riscos de invasões. Recebeu também a proposta de um contrato de comodato em troca da construção do muro, que sanaria os dois problemas. A direção da Toca disse, porém, que não houve interesse por parte do Asilo Santo Antônio em realizar a obra. Edna não foi encontrada pela reportagem para falar sobre o assunto, mas o vereador Marcelo Machado Borges, o Borjão (PMDB), que integra a diretoria da casa de amparo, contou que a advogada da instituição entrou com uma ação de reintegração de posse na quinta-feira, 13.

Borjão se mostrou tranquilo quanto à decisão da Justiça. Ele ressaltou que toda a documentação da área está quitada e que nenhum problema impede que a instituição permaneça com as terras que lhe são de direito. “Eles foram muito infelizes de entrar em área de uma instituição filantrópica. Aliás, entraram enganados e temos certeza de que o Asilo pegará as terras de volta”, concluiu.

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