O período das festas juninas promete aquecer o comércio em Uberaba e em outras cidades mineiras. Segundo pesquisa da Federação do Comércio, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio-MG), 64,1% dos empresários entrevistados esperam um impacto positivo nas vendas até o final de junho, período marcado pelas comemorações de São João (24) e São Pedro (29).
O gerente executivo do Sindicato do Comércio (Sindicomério) de Uberaba, Thiago Árabe, destaca que o resultado surpreende. “A Fecomércio-MG fez um levantamento em que cerca de 64% dos entrevistados, que são empresários, estão confiantes no aumento de vendas. Então, a gente tem uma movimentação interessante nesse período, em que conseguimos um aquecimento do comércio, principalmente do setor de roupas, calçados, supermercados e papelaria”, afirmou em entrevista ao programa Pingo do J, da Rádio JM.
De acordo com o levantamento, realizado entre os dias 30 de maio e 9 de junho, apenas 1,5% dos empresários relataram impacto negativo, enquanto 34,5% disseram não perceber influência direta. Entre os segmentos mais beneficiados estão os de alimentos típicos, como canjica (67%), amendoim (65%), pipoca (44,7%), milho (39,6%) e farofa (28,4%), o que coloca os supermercados na liderança em movimentação de vendas. Em seguida aparecem os setores de vestuário e calçados, impulsionados pelas tradicionais roupas caipiras.
Apesar dos números positivos, Thiago Árabe ressalta que a força das festas juninas varia bastante entre as regiões de Minas Gerais. “São datas comemorativas que realmente movimentam o comércio, mas algumas regiões têm um desempenho muito melhor que outras. O Triângulo Mineiro, por exemplo, não é a área mais forte do Estado. As festas são mais expressivas nas regiões Central, no Rio Doce e no Centro-Oeste”, destacou. Segundo a pesquisa, nesses locais a percepção positiva chega a 78,9%, 73,8% e 73,2%, respectivamente.
Ainda assim, Uberaba tem mostrado crescimento na tradição das folias juninas, com reflexo direto no comércio local. “Todas as igrejas, praticamente, participam. E é uma festa de família, em que se consome mais, geralmente. Outro detalhe importante é a movimentação da economia popular, com artesãos e pequenos vendedores. O dinheiro circula dentro da cidade e beneficia muita gente que talvez não tenha uma empresa grande”, acrescentou o gerente executivo do Sindicomércio.
Confira mais dados da pesquisa: Festa junina: 43% dos comerciantes mineiros esperam vendas melhores que as de 2024, diz Fecomércio