RECORRENTE

Fiação de escola é furtada três vezes este ano e expõe necessidade urgente de fiscalização

Dandara Aveiro
Publicado em 30/03/2025 às 16:40
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Apesar de investir em segurança, os furtos na escola continuaram (Foto/Reprodução)

Apesar de investir em segurança, os furtos na escola continuaram (Foto/Reprodução)

Os furtos de fiação elétrica são um problema crescente em Uberaba, causando prejuízos a donos de imóveis. Uma escola na Vila Maria Helena tem sido alvo recorrente desses criminosos, registrando um total de três furtos este ano, apesar dos reforços feitos quanto à segurança. Além daqueles diretamente afetados pela modalidade criminosa, estão no radar das forças de segurança pública os possíveis receptadores dos materiais. Recentemente, foi realizada operação em ferros-velhos da cidade, mostrando que ações rotineiras nesse sentido são igualmente necessárias. 

Na última semana, um terceiro furto foi registrado no colégio localizado na rua Tupaciguara, bairro Vila Maria Helena. O proprietário relatou ao Jornal da Manhã que, mesmo investindo em câmeras de monitoramento, cercas, concertina e redes de segurança, nenhuma medida foi suficiente para conter os furtos. O primeiro incidente aconteceu em 17 de janeiro, quando suspeitos invadiram o local e levaram a fiação elétrica. Após os reparos, em menos de três dias, o estabelecimento foi novamente alvo, com os criminosos subtraindo cabos e depredando os padrões de energia. 

“Arrumamos o padrão, de novo, e quase fomos alvo pela quarta vez. Os criminosos retornaram no dia seguinte para terminar o serviço, mas, por sorte, um motoqueiro passou e gritou que eram ladrões, fazendo-os fugir. Temos todos os boletins de ocorrência dos casos anteriores”, conta o diretor da escola. 

A reportagem entrou em contato com as autoridades para entender as medidas que estão sendo adotadas para combater esse tipo de crime em Uberaba. A Tenente PM Isabella, do 67º Batalhão da Polícia Militar (BPM), afirmou que o patrulhamento foi intensificado na região e que operações conjuntas com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) estão sendo realizadas para localizar possíveis pontos de receptação dos fios furtados. "Estamos realizando diversas operações contra crimes patrimoniais e fiscalizando ferros-velhos, com foco nos roubos e na receptação, já que quem comete esse tipo de furto geralmente são usuários de drogas que vendem os fios para financiar o vício", explicou. 

A Polícia Civil, por sua vez, ressaltou ao JM que realiza operações regulares, tanto em Uberaba quanto em outras regiões do estado, com foco em grupos criminosos especializados. “Exercemos a função de polícia judiciária, com ênfase na investigação criminal, para impactar na redução da criminalidade e integrar a gestão coletiva da segurança pública e justiça criminal”, explicou a assessoria.  

No caso específico da escola uberabense, a PCMG informou que instaurou procedimento para apurar os três boletins de ocorrência registrados. No entanto, até o momento, não houve prisões, e as investigações continuam em andamento na delegacia local.  

Apesar de investir em segurança, os furtos na escola continuaram (Foto/Reprodução)

Apesar de investir em segurança, os furtos na escola continuaram (Foto/Reprodução)

O delegado-chefe, Felipe Colombari, confirmou que fiscalizações administrativas nos estabelecimentos que compram esse tipo de material estão sendo realizadas com frequência. Segundo ele, alguns desses locais trabalham 24 horas, facilitando a venda pelo usuário de drogas e dificultando a ação policial, e que cerca de 80% dos ferros-velhos vistoriados não têm documentação básica para atuarem. “A maioria dos ferros-velhos sequer possuem alvará de autorização de funcionamento e deveriam ser fechados pelo Setor de Posturas do Município”, comentou. 

Em resposta a essa situação, na quarta-feira (26), a Guarda Civil Municipal (GCM) e o Departamento de Posturas realizaram uma operação de fiscalização em ferros-velhos de Uberaba para combater a receptação de materiais furtados. A ação contou com o apoio de outras instituições e resultou na vistoria de 14 estabelecimentos, levando a quatro interdições, cinco autos de infração e duas notificações. Além disso, a PM registrou três boletins de ocorrência, sendo dois por receptação. O objetivo foi coibir a venda de materiais de origem criminosa, como fios elétricos e cabos de telecomunicação, e garantir a regularidade dos comércios conforme as normas municipais e ambientais. 

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