FALTA DE TRANSPARÊNCIA

Fiéis denunciam padre de Uberaba por reter doações e dízimos da Paróquia Santo Expedito

Membros do Conselho de Administração e de pastorais da Igreja questionam guarda das ofertas financeiras, por parte do pároco local

Dandara Aveiro
Publicado em 12/11/2025 às 15:52Atualizado em 12/11/2025 às 15:55
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Fiéis da Paróquia Santo Expedito, em Uberaba, registraram um boletim de ocorrência relatando falta de transparência, por parte do pároco local, quanto a destinação das doações e dízimo da comunidade, recolhidos no último domingo (9). O grupo, formado por membros da coordenação paroquial, procurou a Polícia Militar (PM) na terça-feira (11) para formalizar as denúncias.

De acordo com o registro policial, os valores arrecadados nas missas — por meio de ofertas, dízimos, cartão e Pix — eram tradicionalmente repassados à tesouraria da igreja, responsável pelos depósitos na conta vinculada ao CNPJ da paróquia, sob acompanhamento do conselho administrativo. Entretanto, nas celebrações ocorridas no último domingo, o pároco teria determinado que todo o valor arrecadado, cerca de R$ 3,3 mil, fosse entregue diretamente a ele, o que contrariaria o procedimento adotado até então. O “confisco” contraria a rotina estabelecida na Paróquia para destinação das coletas e do dízimo.

Segundo paroquianos ouvidos pelo Jornal da Manhã, o episódio seria o ponto de tensão final após uma série de desentendimentos envolvendo a gestão financeira da igreja. Eles relatam que o padre teria afastado o tesoureiro e passado a controlar pessoalmente todas as movimentações de recursos. “A intenção do boletim de ocorrência não é acusar ninguém, mas buscar respaldo e transparência, já que o dinheiro da comunidade deve ser administrado pelo conselho”, afirmou um dos membros da coordenação.

O grupo também alega que o sacerdote recebe salário mensal de R$ 4.500, além de auxílio-alimentação de R$ 1 mil, e que despesas pessoais estariam sendo incluídas nas prestações de contas, como notas fiscais de produtos diversos e multas de trânsito. “As doações são feitas com fé, para manutenção e melhorias da igreja, não para gastos particulares”, comentou um fiel.

Conselheiros informaram ainda que o caso foi comunicado à Cúria Metropolitana de Uberaba, e que o assunto já chegou ao conhecimento do bispo diocesano. Uma reunião foi marcada para esta quarta-feira (12) com o objetivo de discutir a situação e definir eventuais providências.

Enquanto aguardam uma posição oficial da Diocese, os fiéis afirmam que pretendem manter o diálogo aberto e cobrar esclarecimentos. “Queremos apenas transparência e respeito com a comunidade”, reforçou um integrante da paróquia.

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