Fogo em ecoponto no Volta Grande afeta aulas em creche

Fogo em ecoponto do bairro Volta Grande interrompeu a rotina da creche Solange Silva Cardoso, na manhã de ontem. Localizada na rua Dona Marat Pontes, a instituição fica em frente do espaço utilizado como depósito de entulhos, lixo e cemitério de animais.

Ontem pela manhã, um foco de incêndio disseminou e as chamas se espalharam pelos materiais. A fumaça impediu os alunos de ficarem no ambiente e dificultou o trabalho dos professores. Algumas mães se mostraram revoltadas com a situação e, em protesto, gritaram por solução imediata.

A costureira Chisdemagna da Silva cobrou providências e reclamou da incidência do problema. “Ninguém faz nada, tudo é jogado aqui, e direto colocam fogo, mas hoje não tem condição de as crianças ficarem em sala de aula”, observou.

Para a auxiliar de serviços Andréia Magalhães, a reunião realizada na creche na última segunda-feira com os professores não resolveu a questão. “Está um caos, o tempo já não ajuda e quem sofre é a própria população, eu faço um súplica para todos deixarem de jogar lixo, eu tenho crianças e dependo da creche, vamos contribuir com a coleta seletiva, pelas crianças”, desabafou.

A Promotoria do Meio Ambiente estabeleceu um termo de ajustamento de conduta com a Prefeitura para que seja construída a infraestrutura do ecoponto. O prazo para conclusão do projeto, em primeiro momento, foi de seis meses, além da determinação de que o espaço deveria ser arborizado. Mas a PMU não conseguiu cumprir o prazo para recuperação da área no mês de julho, e, com novo limite de 180 dias, prorrogado pelo promotor Carlos Valera, o município conclui a licitação para fechamento do projeto que pretende revigorar o lugar.

O engenheiro agrônomo e diretor de Recursos Ambientais da Semat, José Sidney da Silva, esteve no local e afirmou que equipes trabalham junto à pasta de Infraestrutura para desenvolver, inclusive, um trabalho de educação ambiental.

Em contrapartida, a diretora do Departamento de Coleta de Resíduos Sólidos, Angelina Martins Botta, afirmou que no dia da ordem de serviço para urbanização do local houve uma manifestação dos moradores solicitando mudança do local. Angelina disse que tão logo uma reunião seja realizada com a diretoria da creche, o setor se posicionará oficialmente.