Problemas relacionados ao pagamento de salários pela UniFacthus são alvo de novas reclamações por parte de funcionários. Segundo denúncia recebida pelo Jornal da Manhã, o pagamento, que deveria ter sido efetuado no dia 5, ainda não foi realizado. Além disso, o dinheiro devido àqueles que saíram da empresa desde 2022 também não foi depositado. Procurada pela reportagem, a instituição informou que não divulga informações sobre o pagamento de funcionários.
De acordo com a denúncia, a universidade teria efetuado o pagamento de acordo com o valor salarial dos funcionários, de forma que aqueles com salários mais altos não receberam, enquanto os com salários menores foram pagos. Os denunciantes também afirmam que os descontos feitos nos salários não estariam sendo repassados corretamente. “Descontam o convênio do funcionário e não repassam para a empresa, estamos impossibilitados de usar o plano. O INSS é descontado do funcionário, mas também não é repassado, e o mesmo acontece com o Imposto de Renda. Várias pessoas caíram na malha fina por causa disso”, relatam.
A denunciante também aponta que o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) não é depositado desde 2021. “Na nossa convenção coletiva, pelo sindicato, temos direito a café, pão e uma cesta básica, mas já não recebemos isso há anos. Só temos o café preto porque é comprado por funcionários, que fazem essa ‘doação’. Já foram feitas várias reclamações ao Sindicato e ao Ministério do Trabalho, mas nada foi resolvido”, alega.
A denunciante afirma que aqueles que pediram demissão em 2022 ainda não receberam seus pagamentos, assim como aqueles que foram demitidos. Ela destaca que os atrasos nos pagamentos dos funcionários são recorrentes, mas essa quantidade de dias é a segunda vez que ocorre. “O correto é o pagamento no quinto dia útil, mas eles sempre pagam lá pelo dia 10, 13. Os trabalhadores dizem que estão fazendo o possível, mas sem previsão”, relata.
Em contato com o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro), a reportagem foi informada de que não houve denúncias por parte de professores da instituição. “O problema é que aquela instituição está passando por uma situação de falência, pelo menos nesse polo, e eles conseguiram na Justiça entrar com o pedido de recuperação judicial em nível federal. Já está judicializado”, explica Marcos Mariano, diretor regional do Sindicato em Uberaba.
O sindicalista também mencionou que uma reunião com os professores da unidade está em fase de alinhamento.
A UniBrasília, mantenedora da UniFacthus, também foi acionada. Em nota, a empresa afirmou que as informações relativas ao pagamento de salários dos colaboradores são de natureza confidencial. “Estamos comprometidos em proteger a privacidade e os direitos dos nossos funcionários, conforme previsto pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) – Lei nº 13.709/2018”, pontua.
A universidade complementa, assegurando que “todas as questões trabalhistas estão sendo tratadas com a seriedade que merecem e estamos empenhados em garantir o cumprimento de todas as nossas obrigações legais e contratuais”.