Dados da Sejusp mostram que os furtos de veículos em Uberaba passaram e 1.029 em novembro para 844 este ano
Os registros de furtos de veículos em Uberaba apresentaram queda significativa em 2025, revertendo a alta observada no ano anterior. Dados oficiais da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), extraídos do painel do Observatório de Segurança Pública de Minas Gerais, mostram que o município passou de 1.029 ocorrências em 2024 para 844 registros em 2025, considerando o período de janeiro a novembro.
A redução representa queda de 11,06% no número absoluto de furtos e recuo de 11,72% na taxa por 100 mil habitantes, que caiu de 290,56 em 2024 para 236,56 em 2025, mesmo com aumento populacional no município.
Os dados foram abordados pelo comandante da 5ª Região da Polícia Militar (5ª RPM), coronel Wolf, e pelo delegado Felipe Colombari, chefe do 5º Departamento da Polícia Civil, em entrevista ao JM News, da Rádio JM. Na ocasião, os representantes das forças de segurança destacaram a atuação integrada entre Polícia Militar e Polícia Civil como um dos fatores associados à redução dos registros, com ênfase em ações preventivas, uso de inteligência e repressão qualificada.
Segundo o comandante da 5ª RPM, o policiamento ostensivo aliado a operações direcionadas tem sido fundamental para reduzir a incidência de crimes patrimoniais. A Polícia Militar tem intensificado a presença em áreas com maior histórico de ocorrências e adotado estratégias de saturação e monitoramento.
Já a Polícia Civil destacou o papel das investigações na identificação de autores e no enfraquecimento das estruturas criminosas. De acordo com o delegado Felipe Colombari, o enfrentamento aos furtos de veículos passa pela atuação sobre receptadores, mapeamento de rotas usadas para o escoamento dos veículos e articulação com o Poder Judiciário para medidas cautelares, como apreensão de bens e bloqueio de ativos.
Apesar da queda nos registros em 2025, as forças de segurança avaliam que o cenário exige atenção permanente. Polícia Militar e Polícia Civil ressaltam que a redução não elimina o risco de novos ciclos de alta e que a manutenção dos indicadores depende da continuidade das ações integradas, do investimento em inteligência e da colaboração da população, especialmente por meio do registro de ocorrências e denúncias que auxiliam no mapeamento e no combate aos crimes patrimoniais.