Grupo União quer conscientizar uberabenses

Data é lembrada hoje, em Uberaba, como forma de conscientizar a sociedade uberabense da necessidade de respeitar as diferenças, exercitar a capacidade de tolerância pela promoção da harmonia e do bem comum. Representante do Grupo União, uma ONG ligada à comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), Aloísio Antônio Cardoso, destaca a homofobia, termo que está na moda nos últimos tempos. Ele explica que a homofobia é o medo, aversão que uma minoria sente por pessoas que se relacionam afetiva e sexualmente com outras do mesmo sexo. “Do ponto de vista psicológico, esse comportamento pode ser consequência de uma não aceitação de si mesmo como homossexual, desenvolvendo uma atitude agressiva como forma de negar o seu próprio desejo”, salienta. Na opinião de Aloísio, essa reação também pode ocorrer apenas porque o homofóbico não suporta a ideia de ser identificado como homossexual.   O membro do Grupo União lembra ainda que Uberaba foi palco de mortes trágicas de homossexuais, o que para ele foram originadas por esse sentimento de aversão. “Apesar disso há muito o que comemorar. Ainda que a comunidade LGBT tenha sofrido grandes perdas recentemente, nota-se que a comoção e o sentimento de indignação por parte da sociedade demonstra que a cada dia, mais pessoas estão vencendo seus próprios preconceitos e entendendo que há espaço para todos”. Cardoso lembra ainda que é possível conviver com as diferenças e, sobretudo, que a diversidade é inerente à condição humana.   Ele ressalta que o Grupo União sabe de sua responsabilidade nessa luta que deve ser grande e intensa, mas destaca que a entidade vem atuando e atuará sempre no sentido de que “cada membro da comunidade LGBT possa se sentir seguro onde quer que frequente, possa contar com as garantias, pois pela Constituição, todos temos direito de viver de forma igualitária, devendo ser respeitada a diversidade de gênero”, ressalta. Em nome do grupo União, Aloísio ressalta que a entidade luta pela pluralidade de gêneros e não desistirá desta luta. “Somente com luta efetivaremos os direitos já garantidos”, finalizou.