Ação tem como foco transmitir o conhecimento básico para uma comunicação efetiva com o paciente ou acompanhante surdo
Curso de Libras no HC-UFTM (Foto/Divulgação)
O Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) está promovendo o Curso Básico de Língua Brasileira de Sinais (Libras) com o objetivo de derrubar as barreiras linguísticas e facilitar o acesso de pessoas surdas aos serviços de saúde. A iniciativa faz parte do Grupo de Trabalho de Acessibilidade instituído pela Superintendência do HC e do Núcleo de Desenvolvimento de Pessoas. O curso é ministrado pela técnica em Enfermagem do Bloco Cirúrgico, Josiene Barros, e pela enfermeira Ana Cintia, com a participação da professora e pedagoga surda Fabiana Marques como convidada externa. As aulas são dinâmicas e estão sendo realizadas todas as segundas e sextas-feiras, das 13h15 às 14h15, totalizando 60 encontros.
O objetivo principal do Curso Básico de Libras é promover a comunicação efetiva entre os profissionais de saúde e as pessoas surdas, garantindo-lhes segurança e autonomia. Os alunos estão muito interessados em aprender a língua e tornar efetiva essa comunicação, cumprindo o direito da pessoa surda. A técnica em Enfermagem, Josiene Barros, ministra o curso junto com a enfermeira Ana Cintia e destaca a importância da comunicação em Libras na assistência aos pacientes.
Os alunos do Curso Básico de Libras estão sendo capacitados para remover as barreiras de acessibilidade, como as arquitetônicas, comunicacionais e atitudinais, entre outras. A coordenadora da Comissão de Humanização do HC-UFTM, Luana Barbosa, explica que a iniciativa é uma necessidade para garantir o acesso das pessoas surdas à comunicação e à informação. O cuidado e o olhar mais atentos aos usuários têm sido uma preocupação constante dos alunos, que agora conseguem entender a dor dos pacientes com mais clareza e oferecer ajuda de forma eficiente e humana.
Durante as aulas e ensinamentos do Curso Básico de Libras, os alunos têm mostrado empatia e preocupação com as pessoas surdas, colocando-se no lugar delas e repensando com mais preocupação e respeito. A assistente administrativa Michely Santana, que também é aluna da capacitação, ressalta a importância da comunicação na assistência aos pacientes e a dificuldade das pessoas surdas em serem ouvidas e terem suas necessidades básicas atendidas. O curso tem sido surpreendente e desafiador para todos os alunos, que estão aprendendo muito sobre o universo surdo, a datilologia, os sinais em geral e o emprego correto deles na experiência transmitida.