Equipamento permite exame de imagem similar à tomografia computadorizada, mas com capacidade de identificar alterações nas células em estágios iniciais
Médico Felipe Toledo Rocha destacou o acréscimo de R$1,5 milhão nos repasses mensais do governo federal para o Hospital Hélio Angotti (Foto/Arquivo)
O Hospital Hélio Angotti deverá receber ainda neste ano um aparelho de PET Scan, o primeiro da região. Trata-se de um equipamento que permite o exame de imagem similar à tomografia computadorizada, mas com capacidade de identificar alterações nas células em estágios muito iniciais. Esse teste é de extrema importância para o diagnóstico de linfoma, pois aponta onde há linfonodos alterados, indicando o estadiamento da doença.
A informação é do médico Felipe Toledo Rocha, conselheiro do Hospital Hélio Angotti, durante entrevista ao programa Pingo do J, na Rádio JM. Além do linfoma, o PET Scan também é utilizado para observar outros tipos de tumores, como mieloma múltiplo, melanoma, cabeça e pescoço, pulmão, colorretal, mama, ovários e mais.
“Estamos aguardando apenas a liberação de emendas parlamentares para fazermos a aquisição do primeiro aparelho desse porte para o Triângulo Mineiro, para atendimento do SUS. O que existe na região é da iniciativa privada. Esse aparelho leva o diagnóstico do câncer para outro patamar. Vamos colocar o Hospital Hélio Angotti no patamar dos grandes centros de atendimento oncológico do Brasil”, disse Felipe Toledo Rocha.
É possível realizar esse exame em clínicas e hospitais particulares e, também, no Sistema Único de Saúde (SUS), geralmente em serviços de alta complexidade e em cidades de médio e grande porte. Mas o sistema público somente aprova a realização do teste para três tipos de neoplasia maligna: linfoma, pulmão e colorretal.
Rocha também falou sobre o acréscimo de R$1,5 milhão nos repasses mensais do Governo Federal para o Hospital Hélio Angotti. “É um alívio muito grande, fruto de uma conquista de mais de dois anos de trabalho entre estudos técnicos e articulação política. Esses recursos trarão o tão sonhado equilíbrio financeiro que o hospital precisa para prestar atendimento oncológico com a qualidade com que tem atendido seus pacientes”, frisou.
O conselheiro lembrou que o Hospital Hélio Angotti sobreviveu por muito tempo com déficit orçamentário, graças à ajuda de parceiros. “Houve uma grande parceria do corpo clínico. Pois seria impossível manter o hospital aberto sem os médicos, que suportam há mais de cinco anos atrasos de repasses. Muitas vezes, ficamos até dois meses sem repasse médico para aquisição de medicamentos. Também foram feitos empréstimos, através do consignado SUS, que consomem em torno de R$400 mil por mês, só de pagamentos de parcelas. Foram empréstimos feitos para manter capital de giro. E contamos muito com a parceria de nossos fornecedores, especialmente os de Uberaba, que, mesmo com atrasos, não deixaram de fornecer para o hospital. Foram grandes responsáveis por mantermos as portas abertas”, ressaltou Felipe Toledo Rocha.