A independência do Brasil aconteceu em 7 de setembro de 1822, quando o príncipe Dom Pedro (futuro D. Pedro I) proclamou o grito da independência às margens do rio Ipiranga, na atual cidade de São Paulo. Com isso, o Brasil rompeu sua ligação com Portugal e consolidou-se como nação independente.
Durante entrevista ao programa Pingo do J, na Rádio JM, o professor de História Gustavo Vaz alertou que essa passagem histórica não foi tão glamourosa quanto alguns livros didáticos descrevem e especialmente pinturas que tentam retratar a época. Ele destacou que o processo de independência foi resultado de um desgaste nas relações entre os colonos brasileiros, sobretudo da elite, com Portugal. E começou com a transferência da família real portuguesa para o Brasil, em 1808.
Vaz destacou que foi importante também no processo de independência, o 9 de janeiro de 1822, no Dia do Fico. Nesse dia, durante uma audiência do Senado, D. Pedro teria dito as seguintes palavras: “Como é para bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto; diga ao povo que fico”.
Em 2 de setembro de 1822, a princesa Maria Leopoldina assinou o decreto de independência, para, logo em seguida, despachá-lo com urgência para D. Pedro, que estava em viagem a São Paulo. O príncipe regente foi alcançado no dia 7 de setembro, às margens do rio Ipiranga.
D. Pedro, que naquela circunstância estava acometido de problemas intestinais, recebeu as mensagens, atualizou-se das ordens vindas de Portugal e declarou a Independência do Brasil. Esse foi considerado o marco da Independência. A partir desse momento, o Brasil seria organizado como uma monarquia e procuraria reconhecimento internacional.
O professor Gustavo Vaz reforça que o famoso grito “Independência ou Morte” não existiu. “O Dom Pedro disse: ‘as cortes querem mesmo escravizar o Brasil, cumpre, portanto, declarar já a nossa independência. Desde este momento, estamos separados de Portugal’. Aí, veio um suspiro ‘independência ou morte, seja a nossa divisa’”, revelou Vaz.
O professor de história ainda destacou que, mesmo com o manifesto da independência, muitas revoltas aconteceram, em diversas províncias, até a consolidação do Brasil como nação independente.