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Levantamento da Fiemg aponta perdas de empregos na indústria do Triângulo Mineiro

Tito Teixeira
Publicado em 03/01/2024 às 20:29
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Empresas realizam a manutenção conforme plano de produção, sazonalidade e mercado de cada segmento da indústria (Foto/Reprodução)

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) divulgou balanço anual das atividades industriais no Estado e, também, as perspectivas para o setor. Além disso, realizou-se uma avaliação da variação do emprego nos setores entre 1985 e 2021, com o intuito de identificar as microrregiões que apresentaram as mudanças mais expressivas, tanto positivas quanto negativas, nos níveis de emprego nos setores industriais.

Uberaba perdeu espaço em um setor e se destacou em outro. Segundo a Fiemg, a análise da variação no emprego contribui para uma compreensão mais profunda da dinâmica da estrutura produtiva no estado ao longo dos anos. Os dados utilizados para a análise foram obtidos por meio da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) referente aos anos de 1985 a 2021. Esses dados abrangem 11 atividades econômicas da indústria nas 66 microrregiões de Minas Gerais, permitindo análise abrangente do deslocamento espacial do setor industrial ao longo do tempo.

A região do Triângulo Mineiro sofreu perda em um setor industrial significativo, experimentando uma redução na participação do número de empregos nesse setor ao longo do tempo, que é o de madeira e mobiliário.

Uberaba perdeu espaço na indústria elétrica e de comunicação, que, segundo o relatório, tem se deslocado territorialmente em Minas Gerais. As regiões do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Metropolitana de Belo Horizonte perderam especialização em relação à média estadual, com deslocamento dessa atividade para as regiões Sul e Sudoeste. Os maiores ganhos de participação de emprego foram nas microrregiões de Santa Rita do Sapucaí (2,95% para 15,97%), Sete Lagoas (0,06% para 6,4%) e Pouso Alegre (0,62% para 4,59%), e as maiores perdas ocorreram nas microrregiões de Belo Horizonte (68,8% para 40,2%), Uberaba (3,74% para 0,24%) e Uberlândia (3,71% para 0,97%).

Em relação à indústria de papel e gráfica, os maiores ganhos de participação de emprego foram nas microrregiões de Pouso Alegre (1,36% para 6,2%), Uberaba (1,68% para 5,46%) e Divinópolis (2,18% para 5,67%), e as maiores perdas foram nas microrregiões de Governador Valadares (5,03% para 0,45%), Belo Horizonte (37,46% para 32,93%), Cataguases (9,54% para 5,96%) e Ipatinga (8,45% para 5,19%).

A indústria de madeira e mobiliário tem experimentado deslocamentos territoriais em Minas Gerais. As regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba e do Sul perderam especialização em relação à média estadual, verificando-se deslocamento dessa atividade em direção às regiões do Vale do Jequitinhonha, do Vale do Rio Doce e do Vale do Mucuri. Os maiores ganhos de participação de emprego foram nas microrregiões de Ubá (14,73% para 34,49%) e Divinópolis (2,36% para 6,38%), e as maiores perdas ocorreram nas microrregiões de Belo Horizonte (28,01% para 14,17%) e Nanuque (3,15% para 0,05%). 

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