Enquanto o Papai Noel festeja o fato de os brinquedos importados estarem mais baratos este ano, os lojistas do setor sofrem com a concorrência desleal com os produtos que entram de forma ilegal no país. A revelação é do gerente de uma loja do ramo, localizada no bairro Santa Maria. Carlos Humberto da Silva lembra que, apesar de haver algumas marcas até 30% mais baratas que no ano passado em função da queda do dólar, as vendas acabam sendo prejudicadas pelos ilegais. “São pessoas que não pagam impostos e por isso oferecem o produto por preço mais baixo ao consumidor”, afirma. Segundo ele, para combater a concorrência desleal, os funcionários procuram fazer um trabalho de orientação referente à vantagem de os brinquedos legalizados portarem o selo de qualidade do Inmetro. “O produto com o selo dá a garantia ao consumidor de que o brinquedo passou por rigorosos testes de resistência, além de indicar a faixa etária que ele é recomendado”, lembra. Vera Lúcia Alvarenga, proprietária de outra loja de brinquedos, cita o fato de os produtos legalizados terem garantia e assistência técnica. “Outro recurso usado é o parcelamento das compras. O vendedor de produtos ilegais não consegue proporcionar ao cliente melhores condições de pagamento, como parcelamento em até 12 vezes”. O coordenador do Procon, Sebastião Severino Rosa, lembra que já no Natal o órgão deve intensificar a fiscalização nos estabelecimentos, a fim de verificar os brinquedos. “O selo do Inmetro dá também a garantia de que o brinquedo não possui nenhum componente tóxico que possa fazer mal à criança”.