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Quem transita pela região do bairro Parque das Gameleiras, nos arredores da BR-262, em Uberaba, percebeu que as imponentes árvores da área da Copervale foram suprimidas. Conforme a Secretaria de Meio Ambiente (Semam), foram retiradas 181 árvores, sendo 57 nativas, 115 exóticas e 9 palmeiras, para a construção de um estacionamento.
Moradores do entorno questionam a necessidade de arrancar as árvores, visto que são, em maioria, espécies com raízes grandes e profundas, com grande capacidade de amenizar as altas temperaturas registradas na cidade.
Nas fotos, é possível perceber que as árvores são de grande porte, e algumas foram podadas antes da supressão. As raízes estão totalmente expostas, com a copa deitada. São espécies folhosas, que forneciam barreiras físicas e químicas contra os raios solares.
A reportagem do Jornal da Manhã acionou a Secretaria de Meio Ambiente (Semam) para buscar esclarecimentos sobre a permissão de supressão. De acordo com a pasta, foram suprimidas 57 árvores nativas, 115 exóticas e 9 palmeiras, além do desmonte de sete árvores mortas. Para reaver a flora do local, o responsável poderá realizar o plantio de novas árvores, com proporção de 1 por 1 para espécies exóticas e 2 por 1 para as nativas, ou poderá prestar serviços ambientais, a serem definidos junto à Secretaria.
Confira a nota completa:
“As supressões de árvores na área onde era a Copervale está devidamente autorizada pela Secretaria de Meio Ambiente para ser um pátio de estacionamento no local. Foram 57 nativas, 115 exóticas e 9 palmeiras, além do desmonte de sete árvores mortas. De acordo com a Deliberação Normativa nº10 /17 o proprietário terá que fazer compensação ambiental, que pode ser plantio ou prestação de serviços ambientais, cujo termo deverá ser assinado junto à Semam. A proporção para o plantio é de uma por uma para as espécies exóticas e 2 por 01 para as nativas”.
O espaço do antigo laticínio receberá um loteamento, com quadras variando entre mil e 5 mil metros quadrados. A informação é do secretário de Desenvolvimento Econômico, Rui Ramos. A ideia é que a área seja transformada em um mini distrito industrial privado, inclusive com empresas já interessadas no local. No entanto, Rui Ramos não revelou nomes.