Medida tem o objetivo de mitigar os impactos das queimadas na região e a primeira medida foi oficiar a UFTM e a UFU, dando prazo para que informem sobre a existência de estudos sobre a qualidade do ar
Apenas na primeira semana de setembro, o Corpo de Bombeiros de Uberaba atendeu a 61 ocorrências de incêndios na região (Foto/Arquivo)
Ministério Público Federal (MPF) instaurou procedimento administrativo visando monitorar a qualidade do ar e a adoção de medidas capazes de mitigar o impacto das queimadas e incêndios de grandes proporções na região do Triângulo Mineiro e no Noroeste de Minas Gerais.
A primeira medida adotada foi o envio de ofícios à Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e à Universidade Federal de Uberlândia (UFU), solicitando que, no prazo de cinco dias, as duas instituições informem a eventual existência de estudos sobre a qualidade do ar, bem como quem são os responsáveis por esses estudos.
Também foi requerido que as duas instituições apresentem, em até 10 dias, laudos periciais a respeito da qualidade do ar no Triângulo Mineiro e no Noroeste de Minas Gerais, após a ocorrência dos incêndios ocorridos nos últimos 30 dias.
Para o procurador da República Gustavo Kenner Alcântara, responsável pelo procedimento, é necessário adotar medidas para monitorar e avaliar a qualidade do ar na região, a fim de esclarecer os reais riscos à saúde humana e toda a população, bem como adotar estratégias para reverter a situação e conter o avanço de queimadas na região.
Apenas na primeira semana de setembro, o Corpo de Bombeiros de Uberaba atendeu a 61 ocorrências de incêndios na região. De acordo com o balanço da instituição, foram 40 ocorrências de incêndios florestais nas áreas urbana e rural entre segunda-feira (2) e quinta-feira (5).
O cenário não aponta melhora, já que a cidade está a mais de 150 dias sem chuvas e a previsão é de que as temperaturas aumentem, com possibilidade de precipitação apenas após o dia 20 deste mês.