Ruas esburacadas, outras sem asfalto e mato alto em calçadas, terrenos e entroncamentos. É esse o cenário em alguns pontos
Ruas esburacadas, outras sem asfalto e mato alto em calçadas, terrenos e entroncamentos. É esse o cenário em alguns pontos de Delta, de onde muitos moradores entraram em contato com a reportagem do Jornal da Manhã para reclamar sobre a situação de infraestrutura da cidade.
Para o soldador industrial Bernardo Silva Lima, por exemplo, a responsabilidade pelos problemas é das autoridades municipais. “A saúde é a única coisa que está melhorzinha, mas se eu bem me lembro, esse asfalto foi arrumado anos atrás e, desde então, não houve outras intervenções. Quanto chove então”, reclama.
Segundo ele, no entanto, o maior problema, muito além dos buracos no asfalto, é o acúmulo de mato e sujeira em vários lotes da cidade, condições facilitadoras da proliferação do Aedes aegypti. “Quatro colegas meus da usina já entregaram atestado médico com diagnóstico de dengue. Daqui a alguns dias vai ter mais mato que casa aqui”, afirma.
A reportagem esteve na cidade e pode constatar que, em algumas áreas, o capim chega a ultrapassar três metros de altura. Entre os moradores, a característica comum é o medo da doença. “A dengue está pegando todos”, é a reclamação geral.
A prefeita Lauzita Rezende afirmou que a operação tapa-buracos foi iniciada em dezembro do ano passado, mas devido à grande intensidade de chuvas nos últimos dois meses, os serviços foram interrompidos para evitar o desperdício de recursos públicos. Segundo ela, com o início da estiagem, as manobras serão retomadas de forma terceirizada.
Em relação à principal, a falta de capina, Lauzita disse que a PMU conta com 10 pessoas do Departamento de Obras para execução do serviço. “Neste mês estamos intensificando a limpeza dos terrenos baldios, mesmo porque obedece uma programação também de prevenção à dengue”, garantiu.
Desde o 23 de fevereiro está em vigor o primeiro Código de Posturas do Município de Delta, onde o proprietário do imóvel poderá ser penalizado quando não promover a limpeza dos mesmos.
Sobre a dificuldade material e de mão de obra para a realização dos trabalhos, a prefeita explicou que assim como na maioria dos municípios brasileiros, o problema existe.