Moradores da rua Dona Maria da Glória Leão Borges, no bairro São Benedito, denunciam, ao Jornal da Manhã, forte mau cheiro de um comércio que supostamente faz o descarte de produtos de origem animal. Insatisfeitos, os cidadãos formularam um abaixo-assinado solicitando a interdição imediata do estabelecimento e a não emissão de alvarás. A Prefeitura de Uberaba confirmou a existência do comércio, que atualmente possui alvará provisório de funcionamento.
Momento em que restos de produtos de origem animal eram retirados do estabelecimento (Foto/Divulgação/Denúncia)
Em denúncia à reportagem, uma moradora da região relatou que, nas terças e quintas-feiras, o movimento no comércio é ainda maior, causando transtornos à saúde e perturbação do silêncio e repouso noturno. O comércio libera chorume de restos de derivados de carne, miúdos, açougues e similares, destruindo o asfalto e passeios da rua com o produto deixado no meio-fio, e escorrendo para as casas da vizinhança.
Chorume deixado na rua pelo descarte de produtos (Foto/Divulgação/Denúncia)
O Jornal da Manhã procurou a Prefeitura que informou, por meio de nota, que “no endereço indicado há o registro de um ‘comércio atacadista de couros, lãs, peles e outros subprodutos não-comestíveis de origem animal’, conforme Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). Com atividades iniciadas em outubro do ano passado, atualmente o comércio possui Alvará de Licença e Localização Provisório. A concessão do alvará definitivo encontra-se em fase de análise pelo Município”.
Chorume deixado na rua pelo descarte de produtos (Foto/Divulgação/Denúncia)
Diante disso, os moradores protocolaram abaixo-assinado pedindo que não seja expedido alvará de funcionamento da câmara frigorífica do comércio, devido aos problemas sonoros, insuportável odor e moscas que afetam os cidadãos da região. A comunidade também relata que a atividade causa transtornos à saúde, perturbação do silêncio, repouso noturno, além do grande fluxo de trânsito de caminhões, impedindo a saída da garagem de moradores de suas casas.
O Jornal da Manhã segue acompanhando o caso.