CIDADE

Moradores tentam recomeçar a vida

Após o temporal que atingiu Uberaba na madrugada de quinta-feira (7), moradores que perderam tudo buscam ajuda

Da Redação
Publicado em 09/01/2010 às 00:29Atualizado em 20/12/2022 às 08:39
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Após o temporal que atingiu Uberaba na madrugada de quinta-feira (7), moradores que perderam tudo buscam ajuda e tentam recomeçar a vida.

Em um dos bairros mais atingidos pela força da água, o Volta Grande, aos poucos quinze famílias vão retomando a rotina.

 O serviços gerais Mário Ivo de Paula contou que foi difícil dormir diante da situação em que ficou sua casa. O colchão de solteiro distribuído pela equipe da Defesa Civil não foi suficiente para aconchegar toda a família.

A faxineira Selma da Silva faltou ao trabalho ontem, pois não tinha roupas. “Eu tive que faltar, porque, além de não ter o que vestir, eu não podia deixar meus seis netos sozinhos nessas condições”, pontuou. Selma ainda recolheu os sofás e a estante da sala, que ficaram completamente destruídos e os jogou no lixo.

O aposentado Laerte Martins pediu ações rápidas para auxiliar as vítimas da enchente na saída do local, que oferece risco. “Não é a primeira vez que isso acontece. Dar colchão ou um litro de detergente para lavar a casa não vai adiantar. Nós precisamos de um lugar decente para morar”, desabafou.

A lama ainda encobria o chão do barraco, de três cômodos, da dona-de-casa Sarita da Silva, quando ela separava as doações que recebeu através da Ação Social. Roupas, calçados e três colchões infantis foram levados até a casa dela. A moradora relembrou a noite de medo, temendo que a chuva voltasse a cair. “Tive de me deitar em dois colchões com o meu filho, e a minha mãe acabou dormindo no chão. Agora, infelizmente, só podemos contar com a solidariedade”, ressaltou.

Ajuda. Segundo informações da subsecretária da pasta de Desenvolvimento Social, Cristina Paranhos, quem aciona o trabalho da Ação Social é a Defesa Civil.

Uma parceria com a Secretaria de Agricultura, através do Banco de Alimentos fornece cestas básicas e o trabalho é feito em força tarefa com o Centro de Referência de Assistência Social, o CRAS.

Grande parte das famílias que tiveram suas casas invadidas pela agressividade da água já são acompanhadas pela Seds. “O que será feito por parte da secretaria é um monitoramento mais de perto, mais sistemático às famílias”, completou Cristina Paranhos.

Na manhã de ontem, técnicos da Seds percorreram bairros afetados e distribuíram donativos que temporariamente serão entregues aos moradores.

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